Uma atitude inesperada da polícia militar de São Paulo surpreendeu o movimernto sindical na manhã desta terça-feira (18). O presidente em exercício da Força Sindical (FS) e o secretário-geral da Força Sindical, Miguel Torres e João Carlos Gonçalves (Juruna), respectivamente, foram detidos no 31º Distrito Policial, situado na zona Leste da Capital, ao final de uma manifestação promovida na Avenida Paulista, ainda na manhã desta terça-feira.
Para Torres, faltou habilidade e sensibilidade dos policiais, que acusaram injustamente os manifestantes de obstruir a via pública. “Estávamos somente defendendo o direito de o trabalhador receber um salário melhor e, deste modo, ajudar o mercado interno, o setor produtivo e o Brasil a ser mais robusto em época de crise”, disse Miguel Torres, acrescentando que a polícia quis deter até trabalhadores.
“A detenção foi uma atitude arbitrária e exagerada da Polícia Militar, que não respeitou o direito dos trabalhadores de se manifestarem na assembleia”, afirmou Juruna. O ato foi realizado na porta da metalúrgica Aratell, na rua Cadiriri, na Zona Leste com a participação dos trabalhadores das empresas Ferrolene e Aratell”, afirmou Juruna.
Os membros da diretoria do Sindicato e assessores foram levados para a 18ª DP, na Rua Juventus, 350, na Mooca, e depois transferido para a 31ª DP, na Avenida Conselheiro Carrão, 2.580, na Vila Carrão. O carro de som da central também foi aprrendida durante a ação da PM.
De acordo a Central, as assembleias de mobilização da categoria vêm sendo realizadas desde o dia 10 deste mês, nas várias regiões da cidade, e em nenhuma delas aconteceu este tipo de truculência policial.
Em coletiva promovida pelas centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB, NCST e UGT) na tarde desta terça-feira, os sindicalistas repudiaram a ação. Para os dirigentes é inaceitável esse tipo de atitude, vinda da polícia militar, uma categoria tão importante para a manutenção da segurança da população. “A polícia militar serve para proteger a população, os trabalhadores e trabalhadoras. Não podemos aceitar que atitudes assim voltem a acontecer, como já foi no passado, quando os trabalhadores não tinham voz ou direito de se manifestar”, destacou Wagner Gomes, presidente da CTB.
Portal CTB com informações da FS