Cerca de 68,8 mil metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra devem cruzar os braços a partir de terça-feira, com o objetivo de pressionar as empresas do segmento a oferecerem aumento real (acima do índice da inflação). Essa foi a decisão tomada no último domingo (16) em assembleia, realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Ao todo, a campanha salarial da categoria engloba 70 mil pessoas na base do sindicato, mas o grupo patronal de fundição (1.200 trabalhadores) ofereceu reajuste real, com a reposição pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 5,39%, mais alta de 2,59%, proposta que foi aceita ontem.
Os 35 mil trabalhadores nas montadoras não participam da campanha deste ano porque em 2011 fecharam acordo válido por dois anos. Para o Grupo 2 (que abrange máquinas e eletrônicos), o 3 (autopeças, forjarias e outros); 8 (trefilação e laminação, entre outros), 10 (que inclui lâmpadas e material bélico) e no segmento de estamparia, não houve avanços.
O sindicato informa ainda que, na segunda-feira, os dirigentes dos comitês sindicais dos ramos metalúrgicos que entrarão em greve vão se reunir para avaliar quais indústrias já deram o aumento real. A intenção é parar apenas as que não propuseram mais do que a reposição da inflação.
Há ainda a expectativa dos sindicalistas de que os grupos patronais apresentem, neste fim de semana, propostas salariais que revertam a decisão de parar na terça.
Os metalúrgicos pretendem fazer uma grande manifestação na Avenida Paulista, na quinta-feira, às 10h, em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para a obtenção de aumentos reais.
Portal CTB com agências