Cerca de 56 mil metalúrgicos da região do ABC Paulista paralisaram as atividades nesta segunda-feira (10) para pressionar as negociações salariais da categoria. A greve de advertência de um dia não atinge as montadoras, cujos trabalhadores fecharam acordo de reajuste em 2011, válido também para este ano.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as 50 maiores fábricas da região ficaram fechadas na manhã detsa segunda-feira, correspondendo a 80% do total de trabalhadores. Nossa expectativa é que esse movimento se repita à tarde. As montadoras que trabalham com o sistema just in time, no qual as peças são entregues a cada seis horas, devem sofrer o impacto da paralisação.
Os metalúrgicos pedem reajuste similar ao concedido pelas montadoras: inflação, de aproximadamente 5%, e aumento real de 2,51%. “Nossa data-base é 1º de setembro e as propostas que foram apresentadas até agora não atendem às nossas reivindicações. Os que apresentaram proposta só deram a inflação e alguns até mesmo [reajuste] abaixo dela”, disse o vice-presidente.
As negociações entre metalúrgicos e sindicatos patronais ocorrem em grupos. São seis mesas de negociação com a mesma reivindicação de reajuste salarial. Um dos grupos com o maior número de trabalhadores é o de autopeças, forjaria (onde se moldam as peças) e parafusos, com 25,4 mil empregados, cuja negociação é feita com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Portal CTB com Agência Brasil