Uma greve de professores das escolas estatais começou nesta quarta-feira (5) no Peru, por melhores salários, enquanto já chega a 31 dias a greve de médicos da seguridade social.
A paralisação do magistério, de nível nacional, é conduzida pelo Sindicato Unitário de Trabalhadores do Peru (Sutep) e foi declarada ilegal pelas autoridades por problemas de procedimento.
O secretário-geral do Sutep, René Ramírez, disse que a greve será cumprida por todas as bases da organização e descartou um pedido da ministra da Educação, Patricia Salas, para que o sindicato espere a aprovação de uma nova lei de reforma do magistério com melhorias salariais.
Segundo o sindicalista, os aumentos devem ser independentes da lei. Ele também exigiu dialogar com o presidente Ollanta Humala ou com o premiê Juan Jiménez, o que foi descartado, enquanto a ministra manifestou disposição para dialogar com os dirigentes dos professores.
Salas afirmou que, desde que a greve foi declarada ilegal, os professores que paralisarem seus trabalhos sofrerão descontos proporcionais em seus salários e anunciou coordenações com o Ministério do Interior para manter a ordem.
Além de reivindicarem salários adequados e oportunidades de capacitação, os professores propõem a defesa da educação pública universal, gratuita e de qualidade, com a destinação de seis por cento do Produto Interno Bruto para seu desenvolvimento.
O Sutep manteve-se nos dois meses anteriores à margem de uma série de paralisações de sindicatos regionais influenciados, segundo os dirigentes nacional, por setores radicais.
Fonte: Agência Prensa Latina