Em reunião tripartite convocada pelo Ministério do Trabalho, com a presença da presidente Cristina Kirchner, foi anunciado o aumento de 25% do salário mínimo da Argentina, levando a remuneração a 2.875 pesos – cerca de R$ 1.270,00. O reajuste será escalonado: a partir de setembro chegará a 2.670 pesos, com 16%.
Desde fevereiro próximo atingirá 2.875, com os 9% restantes. O acordo, que envolveu trabalhadores, empresários e governo, não teve votos contrários. Dos 32 membros do órgão, 25 votaram a favor. As organizações patronais agropecuárias que concentram os latifundiários, sem espaço para se posicionar negativamente, se abstiveram. O salário mínimo era, desde agosto de 2011, 2.300 pesos.
O Instituto Nacional de Estatística e Censos, INDEC (equivalente ao nosso IBGE), divulgou que a inflação em julho, em relação ao mesmo mês de 2011, foi de 9,9%; enquanto a variação acumulada de preços nos sete meses deste ano foi de 5,9%. Portanto, o aumento real dos salários no país atingiu 15,1%.
“É admirável o que estamos vivendo na Argentina com acordos que não se conseguem, não digamos nos países de mundo ‘desenvolvido’, mas em países vizinhos”, constatou Cristina, ressaltando que os empresários estão compreendendo que “um operário sem emprego e sem salário digno é um consumidor a menos, e vamos seguir no caminho do crescimento e da geração de empregos”.
A presidente assinalou que o valor do salário mínimo significa cerca de US$ 650 dólares. “A gente pode ter um dólar, mas não se compra o mesmo em todos os países. Não só temos o melhor salário em termos nominais, medido em dólares. Se o comparamos com a paridade aquisitiva, na Argentina pode-se adquirir mais do que se pode em países desenvolvidos e emergentes”, observou.
Fonte: Hora do Povo