O primeiro dia de um Fórum Social com participantes nacionais e convidados estrangeiros e a realização de marchas de protesto contra o governo marcarão nesta terça-feira (14) as ações da organização Paraguai Resiste.
Em plena praça pública, em frente às instalações do Congresso Nacional, delegados de agrupamentos sociais de todo o país têm a seu cargo as deliberações sobre temas candentes da atualidade nacional relacionados com a conformação de uma estratégia unitária de luta.
Os debates contam com 12 mesas de trabalho, as quais acolherão representantes de organizações de trabalhadores, estudantes, camponeses, indígenas e políticas, convocadas ao se cumprir 475 anos da fundação de Assunção.
O apelo do Paraguai Resiste para a realização das jornadas de hoje e amanhã assinala que se pretende a presença de organizações sociais de todo o país, com vistas a uma articulação de esforços em defesa de suas conquistas sociais e reivindicações históricas.
Os cinco grandes temas a tratar se referem a Soberania e Reforma Agrária, Direitos Humanos, Inclusão, Segurança e Proteção Social, Criminalização das Lutas Sociais e Ambiente e Sustentabilidade.
Claro está que todo esse debate tem como pano de fundo a resistência cidadã ao que denominam golpe de Estado parlamentar, executado no último 22 de junho com o julgamento político e destituição do presidente da República, Fernando Lugo.
Como parte da inédita reunião, a cada um dos dois dias de sua duração, desenvolver-se-á uma marcha pelas ruas do centro desta capital, com o objetivo de mostrar a rejeição ao governo que assumiu o poder depois da destituição de Lugo e ao qual qualificam de golpista e ilegal.
Várias organizações que participam do Fórum anunciaram que irão às ruas com cartazes e pintadas contra o Executivo, encabeçado por Federico Franco, para dar maior expressão à condenação que sofre em nível nacional e ao isolamento internacional ao qual está submetido.
Fonte: Prensa Latina