Continua a pressão dos servidores públicos federais para que o governo negocie com a categoria. Na tarde da última terça-feira (31), milhares de trabalhadores, dos setores público e privado, se reuniram, em Brasília, no Dia Nacional de Mobilização dos Servidores Federais. Faixas, apitos, palavras de ordem e muita disposição de luta mostraram à sociedade os motivos da paralisação dos trabalhos do serviço público e ao governo a capacidade de organização da classe trabalhadora.
Durante a manifestação, organizada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais, servidores de diversos setores em greve marcharam na Esplanada dos Ministérios e fizeram paradas nos ministérios do Planejamento e Fazenda onde cobraram a abertura dos cofres não só para banqueiros e o empresariado, mas também para o atendimento emergencial aos servidores e melhorias e investimento para o setor público.
O ato contou com a participação de representantes de diversas categorias, além de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que marcharam pelas ruas da capital do país exigindo negociação imediata por parte do governo, melhores condições de trabalho e valorização da categoria. “Exigimos respeito, o trabalhador não pode pagar pela crise. Nós não somos os responsábeis pela crise”, afirmou João Paulo, o JP, secretário de Serviços Públicos e do Trabalhador Público da CTB e da Organização Sindical da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra Sindical).
A manifestação, que fez parte do calendário de luta dos servidores federais, em greve a mais de um mês e meio, teve um resultado positivo demostrando a unidade e esforço dos trabalhadores. Mesmo após o anúncio por parte do governo federal adiando a reunião que estava marcada para esta data, onde seria apresentada uma proposta para as reivindicações dos servidores.
“O ato foi muito positivo mostramos força, organização e unidade da categoria. E mostramos para o governo que continuamos em luta, mesmo após o adiamento da reunião, que foi remarcada para agosto mês limite para fechamento do orçamento 2013. Dessa forma o governo mostra que não está disposto a negociar”, questiona JP.
Seguindo a jornada de luta e resistência uma nova reunião com as lideranças da greve deve acontecer na próxima semana para definir as próximas ações da categoria.
Portal CTB