Com data-base em 1º de abril, até então os comerciários de Irecê (BA) não assinaram a Convenção Coletiva de Trabalho. Passados mais de 100 dias do inicio das negociações o que se percebe é que a intenção dos patrões é de somente celebrar o acordo condicionado à abertura do comércio aos domingos e feriados, numa demonstração de total desrespeito aos direitos trabalhistas.
A pressão patronal é uma prova da ganância patronal. Pela posição reivindicada pelos empresários perde os trabalhadores, pois a medida além de não gerar empregos, com certeza vai aumentar e jornada de trabalho e consequentemente o índice de acometimento de doenças do trabalho.
Foram várias as tentativas de busca de solução pelo SECIR – Sindicato dos Empregados no Comércio de Irecê e Região. A ultima reunião entre o sindicato da categoria e a entidade patronal que aconteceu na sede do escritório da Superintendência Regional do Trabalho (TEM), em Feira de Santana (BA), os prepostos das empresas bateram na mesma tecla, de querer condicionar o acordo coletivo a abertura do comércio aos domingos e feriados o que foi questionado pela representação dos trabalhadores.
A categoria já não aguenta mais tamanho absurdo. Para os trabalhadores não faz sentido a mudança, e nem tão pouco a política de arrocho salarial. “O serviço no comércio já retrata um conjunto de problemas, que vão desde a jornada de trabalho abusiva a exploração, portanto nada justifica tamanho abuso”, afirma Rafael Sydartha, presidente do SECIR.
O Sindicato vem ampliando a sua movimentação com diversos setores da sociedade e vem contando com o apoio da CTB Bahia e da FEC (Federação dos Comerciários da Bahia). No último dia 12 de julho a entidade recebeu uma carta da Diocese de Irecê assinada por Dom Tommaso Cascianelli, fundamentando o apoio ao Sindicato contra a abertura do comércio aos domingos e feriados.
Fonte: CTB-BA