Durante uma assembleia realizada nesta terça-feira (24), no Colégio Central, os professores da rede estadual de ensino decidiram manter a greve da categoria, que tem duração recorde de 105 dias, segundo o coordenador da Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB-Sindicato). Após a assembleia, cerca de 500 educadores seguiram em passeata da avenida Joana Angélica até a Vitória. Segundo Rui Oliveira, presidente da APLB, eles aproveitaram para fazer atos na frente de colégios durante o trajeto.
Na quinta-feira (26), os professores fazem um grande ato público na Praça da Piedade, a partir de 9 horas, e na sexta-feira (27), participam de uma nova assembleia para discutir os rumos do movimento.
Depois que a Justiça determinou a desocupação do saguão Deputado Nestor Duarte da Assembleia Legislativa da Bahia, a nova base dos professores passou a ser o Colégio Central, em Nazaré. Na última segunda-feira (22), a categoria se reuniu pela primeira vez na unidade para discutir os rumos do movimento.
Greve continua
Apesar dos professores da rede estadual de ensino aprovarem uma contraproposta elaborada pelos grevistas e entregarem o documento ao Ministério Público, o MP anunciou que não vai mais intermediar as negociações em parceria com o Tribunal de Justiça da Bahia, como estava acontecendo anteriormente.
Na proposta do MP, estava prevista a antecipação da segunda parte do reajuste de 7% dos professores para o mês de março de 2013, antes previsto pelo governo para ser pago a partir de abril do mesmo ano. Sendo assim, professores receberiam 7% de reajuste em novembro deste ano mais 7% em março de 2013. Essas porcentagens seriam somadas aos 6,5% já concedidos aos servidores.
Um dos pontos rejeitados pelo comando de greve é a revogação do artigo que prevê o reajuste de 3% e 4% para os professores nos meses de outubro de 2013 e 2014, respectivamente. Os professores não querem dividir o reajuste de 22% entre novembro deste ano e qualquer mês de 2013.
Portal CTB com agências