Ato contra golpe no Paraguai acontece neste domingo em São Paulo

Paraguaios residentes no Brasil, movimentos sociai, centrias sindicais e a sociedade civil realizarão em São Paulo (SP) um ato político-cultural em defesa do restabelecimento da democracia no Paraguai. A manifestação será no próximo domingo (22), data em que o golpe que destituiu o presidente Fernando Lugo completa um mês.

Tais protestos demonstram o posicionamento de apoio dos trabalhadores brasileiros e da sociedade civil organizada ao povo paraguaio, que enfrenta um golpe apoiado pela elite paraguaia, grandes latifundiários e empresários, com o consentimento norte-americano e de uma grande parte da mídia brasileira.

Nesse sentido, Wagner Gomes, presidente da CTB, lembra que a derrota definitiva dessas forças, que vai pavimentar o caminho para transformações sociais e políticas mais profundas, não será possível sem uma ampla e permanente mobilização popular e intervenção da classe trabalhadora.

“O golpe no Paraguai não pode ficar impune. Queremos uma América Latina democrática, sem golpes e golpismos, livre da ingerência e da opressão imperialista, orientada para o desenvolvimento soberano com valorização do trabalho, a solução dos problemas sociais e atendimento das demandas de sua sofrida população”, destacou Gomes.

A concentração será às 14h na Praça Nicolau Morais Barros, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista. O ato político-cultural contará com a apresentação de diversas bandas que expressam a cultura latino-americana.

Leia abaixo a convocatória:

 

Ato pela democracia no Paraguai

No dia 21 de junho o Congresso de Deputados do Paraguai, formado por sojeros, empresários e mafiosos dos tradicionais partidos políticos, iniciou o processo de “Juicio Político” contra o presidente democraticamente eleito Fernando Lugo.

O “Juico Político” não seguiu nenhuma das regras de um processo democrático, se constituindo claramente em um golpe de Estado. Os deputados e senadores não apresentaram nenhuma prova para as suas acusações e o presidente democraticamente eleito pelo povo paraguaio teve apenas 18 horas para apresentar sua defesa.

O golpe foi liderado pelos políticos do Partido Liberal, Partido Colorado, PPQ e UNACE, em uma tentativa de anular todas as conquistas que o governo Lugo garantiu aos mais pobres, como a construção de novas estradas, melhoria dos portos, programa de habitação popular, programa Teko Porã, voto dos paraguaios no exterior, renegociação de Itaipú com o Brasil, entre outros.

Os golpistas pretendem também com o golpe controlar e manipular as eleições que serão realizadas em abril de 2013, pois sem Lugo na presidência podem livremente usar o dinheiro público para contratar planilheiros que vão fazer a velha e arcaica campanha política para os seus candidatos, onde a compra de votos e troca de favores são de costume.

A comunidade internacional repudiou o golpe e não reconheceu o presidente golpista. Como consequência imediata, o Mercosul suspendeu politicamente a participação do Paraguai. Outros órgãos de cooperação da América Latina estão caminhando na mesma decisão, o que trará enormes prejuízos para o povo paraguaio.

No Paraguai, o povo vem resistindo ao golpe se manifestando todos os dias. Apesar da imprensa (ABC, Ultima Hora, Canal 9) não mostrar a mobilização do povo, há grandes atos de protesto em Villa Rica, Caaguazú, Cidade de Leste, Encarnación, Concepción e principalmente em Assunção. Assim também, os paraguaios residentes no exterior já organizaram grandes protestos em cidades como Buenos Aires, Montevidéu, Madrid, Paris, Rio de Janeiro. São Paulo também já organizou a resistência em frente ao Consulado e na Avenida Paulista.

Para marcar a data do golpe, que já cumpre um mês, diversos paraguaios e paraguaias, com a solidariedade de organizações brasileiras ( movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos) estão convocando um ato político-cultural para domingo, dia 22 de julho, a partir das 14 horas na Praça dos Paraguaios – Praça Nicolau Morais de Barros, Rua do Bosque, s/nº ( esq/ com Rua dos Americanos) – Barra Funda, com a apresentação de diversas bandas que expressam a cultura latino-americana; para expor seu rechaço ao golpe de Estado no Paraguai e pedindo a volta da democracia no país.

Serviço:

Quando: domingo, 22 de julho

Hora: concentração a partir das 14 horas

Onde: Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque, s/nº ( esq/ com Rua dos Americanos) – Barra Funda, (Perto do metrô Barra Funda)

FRENTE DOS MOVIMENTOS SOCIAIS CONTRA O GOLPE:

– MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

– CEBRAPAZ – Centro Brasileiro de solidariedade aos Povos e Luta pela Paz

– CUT – Central Única dos Trabalhadores

– Marcha Mundial de Mulheres

– CSA- CSI – Confederação Sindical das Américas

– UGT – União Geral dos Trabalhadores

– Força Sindical

– CSP-CONLUTAS

– CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil

– CGTB

– UJS – União da Juventude Socialista

– SAJU-USP – Serviço de Assessoria Jurídica Universitária USP

– Nucleo de Ação a Reforma Agraria –NARA

– Centro de Estudos Barão de Itararé

– SRI-PT

– Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB

– PT;

– PSTU

– PSOL

– Liga Comunista

– Consulta Popular

– Refundação Comunista

– Secretaria do. Foro de São Paulo

– Saara Ocidental

– MAB – Movimento dos Atingidos por Barragem

– Jubileu Sul

– CAMI – Centro de Apoio ao Migrante (Serviço Pastoral dos Migrantes)

– ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América;

– MMM
– Associação Integración Paraguay Brasil JAPAYKE

– CONEN–SP –

Levante da Juventude

– MOPAT/CIRANDA

– ECLA – Espaço Cultural Latino Americano

– Kizomba

– CEDICH – Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante

– Mandato do Deputado Estadual Adriano Diogo

– Mandato da Vereadora Juliana Cardoso

– Mandato do Vereador Jamil Murad

– Mandato do Deputado Federal Ivan Valente

– Portal Vermelho

– CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais

– UNE – União Nacional de Estudantes

– União Estadual dos Estudantes – UEE SP

– DCE Livre da USP “Alexandre Vanucci Leme”

– Centro Acadêmico Guimarães Rosa – Relações – Internacionais/USP

– Centro Acadêmico Florestan – Ciências Sociais /UNINOVE

– CEMJ – Centro de Memória da Juventude

– Espaço Sem Fronteiras – ESF

– Associação Salvador Allende

– Advogados Pela Democracia

– Juventude do PT

– Fórum da Esquerda

– Rompendo Amarras

– Movimento Para Todos

– Frente 3 de Fevereiro – Alvorada Vermelha – Universidade em Movimento

 

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