A greve dos professores da rede estadual de ensino da Bahia, iniciada no dia 11 de abril deste ano, parece estar chegando perto do fim. Nesta quarta-feira (11), teve início o processo de intermediação do Ministério Público Estadual (MPE) na negociação entre o Governo do Estado e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB).
O procurador geral de Justiça, Wellington Lima e Silva, recebeu o governador Jaques Wagner e secretários, que detalharam a proposta de reajuste para os professores. Na tarde desta quinta (12), às 14h, representantes do APLB serão recebidos no MPE, para apresentar seus pleitos.
De acordo com a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado, no encontro desta quarta, o governador e os secretários da Educação, Osvaldo Barreto, e da Administração, Manoel Vitório, deram ao procurador informações sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e sobre as planilhas com aplicação das promoções.
Falta de negociação
Em uma assembleia realizada, nesta terça-feira (10), em frente à Secretaria de Educação, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, os professores decidiram continuar em greve. A justificativa foi a recusa do Governo Estadual em sentar-se à mesa de negociação e discutir o cumprimento da Lei do Piso Nacional.
Para Marilene Betros, dirigente Da APLB e da CTB, a expectativa da categoria é que o governo cumpra com o acordo firmado anteriormente ou apresente números que comprovem sua recusa em cumpri o acordo anteriormente firmado. “Esperamos que o governo apresente as contas do Fundeb e uma proposta intermediária, com números que justifiquem o não cumprimento do acordo. A expectativa o governo agora sente para negociar com a categoria, como diz que vai fazer, e que tenhamos um desfecho favorável”, afirmou a sindicalista.
Outra assembleia está marcada para esta sexta-feira (13), no estacionamento da Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB, às 9h.
Adilson Araújo, presidente da CTB Bahia, também tem uma esperança que a negociação se encerre de forma positiva. “Essa mediação MP pode por fim ao impasse, encontrando uma solução boa para ambas as partes. Tanto para o governo, que vem se desgastando com a situação, quanto para os trabalhadores que terão seus direitos garantidos. Para a CTB só interessa o caminho da negociação. Lamentamos que a situação tenha chegado a esse ponto, pois nosso objetivo é resolvermos da melhor forma esse impasse para voltarmos a nos concentrar na implantação desse projeto, do qual fazemos parte, centralizado na valorização do trabalho e do trabalhador”, destacou.
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Portal CTB