CTB-BA: quatro anos em defesa de um sindicalismo autônomo e de luta

São quatro anos de trajetória que reservaram a ela um lugar de destaque na história de protagonismo da classe trabalhadora. Um papel central na luta por melhores condições de trabalho e conquistas para os mais variados segmentos de trabalhadores e trabalhadoras. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), seção Bahia, nasceu com o desafio e a função de unificar os trabalhadores e trabalhadoras nas batalhas contra a exploração capitalista e com o objetivo fundamental de organizar, representar e dirigir a luta na cidade e no campo, na defesa dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores.

Nesta história de luta, conquistou direitos, buscou melhores condições de trabalho e de salários, continua lutando pela redução da jornada de trabalho, pelos direitos humanos, pela democracia, pela igualdade e por justiça. Também tem lutado de forma incessante na defesa de um país com mais emprego, menos juros, desenvolvimento e na defesa de um crescimento com sustentabilidade.

A central nasceu como uma central sindical classista, unitária, democrática, plural, de luta e de massas, compromissada com os seguintes princípios e objetivos: a busca da mais ampla unidade, de democracia representativa e participativa; de independência classista, defendendo a liberdade e autonomia sindical; solidariedade e internacionalismo, promovendo os valores da solidariedade de classe, em âmbito local, nacional e internacional; com ética na política, baseada por princípios éticos e objetivos elevados; combate a discriminação; emancipação das mulheres e dos negros; do socialismo; na defesa dos direitos sociais  frente aos ataques do capitalismo contra a classe trabalhadora.

Plano de Lutas – A CTB Bahia impulsiona e está empenhada, dentro do seu plano de lutas, pelo pleno emprego; redução constitucional da jornada de trabalho sem redução de salários; trabalha pela elevação significativa do grau de escolaridade da classe trabalhadora destacando parte da jornada remunerada de trabalho para a educação. Há a luta também por melhores salários, pela ampliação da mobilização por mais conquistas e pela valorização do salário mínimo, na defesa e valorização do serviço público e dos trabalhadores (as) do serviço público. A CTB Bahia luta pela regulamentação do mercado de trabalho, combate com rigor a terceirização e todas as formas de flexibilização e precarização das relações entre capital e trabalho.

“Rejeitamos todo e qualquer tipo de retrocesso nas regras da Previdência Social. Defendemos a Previdência Pública, a universalização dos benefícios e o fim do fator previdenciário”, afirma o presidente da CTB Bahia, Adilson Araújo, que ressalta ainda que onde há a luta da classe trabalhadora, a CTB está presente.

A CTB Bahia vem lutando em todo o Estado da Bahia pela garantia do direito irrestrito de greve, coibindo as práticas antisindicais.

Outra luta empreendida pela Central na Bahia é pela segurança no trabalho. O trabalho na construção civil é um dos mais penosos e a prova dessa afirmação é  porque o número de acidentes com óbitos ainda é muito elevado nesse setor.

Fortalecendo a Organização Sindical – A CTB defende a Unicidade Sindical, que é a única forma de garantir a organização sindical, porque fortalece as entidades de classe dos trabalhadores favorecendo a luta em defesa do desenvolvimento com valorização do trabalho. A CTB também defende a Contribuição Sindical como forma indispensável e fundamental para a sobrevivência e a sustentação do movimento sindical.

Lutas– Outra grande luta promovida é pela Reforma Agrária, por um novo modelo de desenvolvimento rural junto a FETAG.  É uma Central que quer ampliar a democracia e luta pela Universalização das Políticas Públicas, por mudanças na política econômica e por um projeto de desenvolvimento nacional que valorize o trabalho, orientado por uma perspectiva socialista.

A CTB Bahia veio preencher a lacuna que estava faltando no sindicalismo baiano, na defesa de ações que visem, efetivamente, a conquista de melhores condições de vida e trabalho para o conjunto da classe trabalhadora. Um trabalho que vem contribuindo, inclusive, para elevar o nível de consciência social, cultural e formação política e sindical dos trabalhadores e trabalhadoras.

Já são mais de 300 sindicatos filiados e sob nossa influência, evidenciando o que a luta empreendida já confirma – a identificação do trabalhador com a Central. O grito de guerra só ratifica a força dessa jovem Central: “CTB, a luta é pra valer!” Isso é apenas o começo de uma trajetória que já deu certo e que ainda vai trilhar o caminho da luta almejando e garantindo muitas conquistas para os trabalhadores (as) brasileiros.


 

 

Adilson Araújo é presidente da CTB Bahia

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