Professores da rede particular de Pernambuco deflagram greve

Os professores da rede particular de ensino de Pernambuco decidiram deflagrar greve em assembleia realizada na manhã da última segunda-feira (4). Estiveram presentes na reunião centenas de participantes do Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco (Sinpro-PE).

Após a assembleia, os docentes realizaram uma passeata pela Avenida Conde da Boa Vista até a Delegacia do Trabalho, onde foi realizada uma reunião entre Ministério do Trabalho, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de Pernambuco (Sinepe) e o Sinpro.

Dentre as reivindicações da categoria estão a unificação do piso em R$ 10 a hora/aula. Atualmente, o piso é de R$ 5 para os níveis Infantil e Fundamental 1 e R$ 6,40 para nível Médio ou Fundamental 2. Os professores ainda exigem pagamento de vale-refeição, adiantamento do 13º salário e estabilidade da professora lactante.

Outro ponto da pauta diz respeito à discriminação sofrida pelas trabalhadoras na questão salárial. Segundo dados do Dieese a média salarial de uma professora que cumpre três turnos é R$ 1.140,00. Enquanto para o homem é de R$ 1.450,00. “Lutamos pela melhoria e igualdade de salários entre homens e mulheres. Queremos acabar com essa discriminação. As mulheres são maioria dentro da categoria, em torno de 65%. Como pode haver essa diferenciação?”, questiona o coordenador-geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra.

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Calendários de atividades

O terceiro dia de Greve Geral dos professores do setor privado de Ensino promete ser de batalhas. Para esta quinta-feira (06), a categoria tem dia cheio, iniciando com piquetes a partir das 7h30 na porta das escolas, seguido de mais uma rodada de negociações (a 13ª) com o Sindicato Patronal – Sinepe -, às 10h (com mediação do Ministério do Trabalho e Emprego), e finalizando com assembleia dos professores, às 14h, que deverá votar a contra-proposta patronal prometida para ser entregue amanhã pela manhã.

De acordo com o coordenador geral do Sinpro-PE, é improvável que a greve tenha fim na assembleia de amanhã (06), caso a proposta oficial dos patrões não for favorável à categoria. “Marcamos uma assembleia para debatermos a proposta dos patrões e acumularmos mais força. É de praxe do processo democrático da greve”, explicou.

Jackson revela que a greve já mobiliza 75% das escolas privadas de Pernambuco. Na Região Metropolitana do Recife, até a segunda-feira a noite, a adesão era de 65%. Nesta terça-feira (05), a categoria passou o dia em processo de mobilização, e visitaram mais de 40 escolas em Pernambuco para realizar piquetes.

Essa é a 1ª greve organizada pelo Sinpro-PE, que é filiado à CTB, e representa atualmente 17 trabalhadores da rede particular e outros 07 mil do setor público.”Temos demonstrado nossa organização e força de mobilização com essa greve, que tem repercutido tanto na região Nordeste, como Brasil afora”, destacou Jackson.

Portal CTB com informações do Sinpro-PE

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