Em assembleia realizada na última quarta-feira (29), servidores administrativos de escolas municipais de Ibirité, município de Minas Gerais, decidiram manter a greve, iniciada há quinze dias. A redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e reajuste salarial de 22% para serventes, cantineiras, secretários escolares e auxiliares de secretaria, biblioteca e administrativos são as principais reivindicações da categoria.
Os trabalhadores também exigem a retomada das negociações e o fim das perseguições contra os que aderiram ao movimento. “A prefeitura virou as costas para nossas reivindicações e está pressionando a categoria para voltar ao trabalho. Embora as ameaças não tenham nos intimidado, essas práticas são ilegais e já foram denunciadas ao Ministério Público do Trabalho”, afirma Expedita Fernandes, uma das líderes do movimento.
O Sindicato Único em Educação em Ibirité (Sind-UTE) informa que vai manter a mobilização nas escolas e que continuará exigindo a retomada das negociações. “Não queremos mais do que é direito nosso. Lutamos por salários justos, melhores condições de trabalho e uma escola pública de qualidade. Esperamos que a prefeitura nos respeite, pois acreditamos que a melhor solução para o impasse ainda é o diálogo”, completou Expedita.
Após decidirem pela continuidade do movimento, os manifestantes ocuparam pacificamente o saguão da prefeitura e em seguida realizaram passeata e panfletagem nas ruas centrais de Ibirité.
Uma nova assembleia está convocada para a próxima sexta-feira, 1º de junho, às 14 horas, em frente à prefeitura, quando o sindicato espera ter em mãos uma contraproposta para ser avaliada pela categoria. As justas reivindicações dos educadores de Ibirité contam com o apoio da CTB Minas.
Fonte: CTB-MG (fotos: Renan Mendes)