Os metroviários e os ferroviários de São Paulo iniciaram a partir da zero hora desta quarta-feira (23) um paralisação por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na noite da terça-feira (22) em assembleias realizadas nas sedes dos Sindicatos.
Uma nova assembleia destá marcada para às 12h desta quarta-feira, após uma reunião com representantes da empresa.
A greve foi decretada após uma audiência na Justiça do Trabalho, quando a desembargadora Anélia Li Chum decidiu que os funcionários deveriam manter 100% do efetivo nos horários de pico (das 5h às 9h e das 17h às 20h) e 85% nos demais horários.
Em caso de descumprimento, foi estipulada multa diária de R$ 100 mil. A desembargadora ainda proibiu a liberação das catracas –uma das propostas da categoria para a greve.
Na audiência na Justiça do Trabalho, o Metrô ofereceu aumento real de 1,5% e 4,15% de correção, enquanto os funcionários pedem 5,37% de correção e 14,99% de aumento real, equiparação salarial, reajuste de 23,44% para VR e VA de R$ 280,45, PR maior e igualitária, plano de saúde acessível para os aposentados, periculosidade sobre todos os vencimentos, entre outros pontos.
Na tentativa de diminuir os impactos da paralisação, o Metrô convocou para operar parcialmente o sistema seu quadro de supervisores. Na opinião dos dirigentes do sindicato, a atitude da empresa é totalmente irresponsável, já que estes trabalhadores não são completamente habilitados para as funções exigidas. “Essa é uma política irresponsável da empresa que coloca em risco, inclusive, a segurança dos usuários”, declarou em nota o sindicato.
Já na CPTM (Companhia Metropolitana de Trens Municipais) as linhas 11-coral e 12-safira da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que ligam o centro a cidades da região metropolitana, também estão paradas nesta manhã.
Portal CTB