O sindicato da Empresa Nacional do Petróleo (ENAP) acusou o governo chileno de impulsionar a privatização encoberta dessa indústria. Segundo declaração pública, os petroleiros viram que em sua terceira prestação anual de contas públicas, o presidente chileno, Sebastián Piñera, não abordou “de maneira real e profunda as ações para potencializar a estatal e convertê-la na Empresa Nacional de Energia”.
A organização sindical advertiu que resultaria extremamente nocivo para o país entregar “de bandeja” os benefícios da empresa ao setor privado. Os trabalhadores consideraram que o discurso feito nesta segunda-feira (21) do mandatário afirmou, nas entrelinhas, a privatização da energia, quando afirmou que “um governo responsável tem que tomar as decisões necessárias e em forma oportuna, ainda que elas nem sempre sejam populares”.
Constitui um grande erro deste governo privatizar as empresas do Estado, as que não se assumiram como tais, ainda que os países vizinhos têm tomado outras medidas para devolver às suas nações o que lhes corresponde, assinalou o texto em alusão a recentes decisões da Argentina e da Bolívia, respectivamente.
Insistiram os petroleiros que as políticas privatizadoras buscam transformar o Chile em um território “governado por estrangeiros”.
“As palavras do primeiro mandatário não refletem o dia a dia da classe trabalhadora e [o governo] não assume responsabilidade pelas problemáticas de fundo das pessoas”, concluiu a declaração do sindicato da ENAP.
Fonte: Agência Prensa Latina