Greve dos metroviários de São Paulo é marcada para o dia 23

Em assembleia realizada na noite da quarta-feira (16), os trabalhadores do sistema metroviário paulista decidiram entrar em greve a partir das 0h da próxima quarta-feira (23) por tempo indeterminado.

A proposta do Metrô de São Paulo, de reajuste salarial de 4,15%, não foi aceita pela categoria que reivindica aumento de 14,99%, melhorias no plano de saúde e Plano de Carreira, concurso interno, movimentação de pessoal, reposição e quadro de funcionários

Apesar de a decisão já ter sido votada, uma nova assembleia deve ocorrer na noite da próxima terça-feira (22), para analisar uma eventual contraproposta do Metrô.

Outra reinvindicação feita pelos metroviários diz respeito àequiparação salarial, ligada à valorização dos trabalhadores do setor, que enfrentam diariamente o excesso de horas extras, em razão do quadro defasado de funcionário, e a rotina de estresse, devido às constantes falhas apresentadas pelo sistema.

“A valorização dos trabalhadores é fundamental porque são eles que operam o sistema. Sem eles, não é possível termos um transporte de qualidade. Falta reconhecimento por parte da empresa”, afirmou Flávio Godoi, dirigente da CTB-SP e da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro).

Um fato que exemplifica essa afirmação é o acidente ocorrido na linha 3 (Vermelha), na manhã da última quarta-feira, quando dois trens se chocaram. A batida, que deixou 49  pessoas feridas (nenhum caso grave), só não foi maior em razão da habilidade do piloto, que ao constatar a falha no sistema eletrônico, operou o trem manualmente para freá-lo.

“Só não foi pior porque havia um operador no trem. E se fosse na linha amarela que não tem operador?”, indaga o dirigente da Federação Nacional dos metroviários (Fenametro), Wagner Fajardo, dirigente da Fenametro.

Fajardo denuncia ainda a falta de investimentos do governo estadual no sistema. “Os governos não têm feito nada para melhorar a situação. Pelo contrário, o governo têm estimulado as PPPs (parcerias público privadas) e, por conta disso, há uma piora no sistema público”, afirmou Fajardo, dirigente.

Portal CTB com agências

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