O presidente François Hollande apresentou nesta quarta-feira (16) o primeiro governo divido igualmente entre homens e mulheres na França. Com isso, concretizou uma de suas principais promessas de campanha. Os postos mais prestigiosos permanecem, entretanto, ocupados por homens, à exceção da Justiça.
Quem anunciou a composição do governo, que tem Laurent Fabius e Manuel Valls à frente, respectivamente das pastas de Exteriores e do Interior, foi o novo primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault. Após uma reunião de mais de quatro horas no Palácio do Eliseu com Hollande, foi revelado que o Executivo também tem Pierre Moscovici como novo ministro da Economia.
Vincent Peillon está à frente do Ministério da Educação, Christine Taubira é a nova titular de Justiça, Marisol Touraine ficou encarregada do departamento de Assuntos Sociais e Saúde, e Stéphane Le Foll se tornou representante da Agricultura.
Michel Sapin, que faz parte do círculo de amigos do novo presidente e se encontrava entre os favoritos para Economia, foi incumbido do Ministério do Trabalho, Emprego e Diálogo Social, enquanto como porta-voz governamental e ministra dos Direitos das Mulheres aparece Najat Vallaud Belkacem.
Conforme o anunciado nesta quarta-feira, dos 34 ministros e ministros delegados, há 17 mulheres, o que respeita o desejo de paridade proclamado por Hollande ao longo de sua campanha. Na lista não aparece, porém, a máxima responsável do Partido Socialista, Martine Aubry, apontada como provável primeira-ministra, mas que após a confirmação da nomeação de Ayrault, disse ter rejeitado entrar em negociações para liderar algum ministério.
Avanço histórico
Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Raimunda Gomes, o anúncio de Hollande, apesar de ter sido prometido durante sua campanha eleitoral é surpreendente. “Trata-se de um avanço histórico, extremamente positivo para as mulheres que lutam ao redor de todo o mundo pelo direito à igualdade. Após um governo de caráter conservador como o de Sarkozy, saudamos com entusiasmo o início de uma nova fase para o povo francês”, destacou.
Com informações de agências