Os metroviários de Belo Horizonte entraram greve na manhã desta segunda-feira (14). Pelo menos 800 funcionários do metrô da cidade cruzaram os braços cruzados por tempo indeterminado e 215 mil usuários ficaram sem o transporte.
Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), a paralisação foi aprovada em assembleia realizada na quinta-feira, 10. A categoria reivindica reajuste de 6% nos vencimentos e benefícios.
No entanto, de acordo com o sindicato, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estatal administradora do metrô da capital mineira, não apresentou nenhuma proposta de reajuste.
Apesar da greve, os metroviários terão que cumprir 100% das viagens nos horários de pico, determinou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Segundo a decisão, tomada após ação cautelar ajuizada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o funcionamento deve ser normal de segunda a sexta-feira, entre as 5h e 9h e entre as 17h e 20h. No sábado, o funcionamento deve ocorrer sem interrupções de 5h30 às 9h.
Segundo a estatal, as negociações salariais estão em curso desde o início do ano, quando foi instalada uma mesa permanente de negociação pela direção da CBTU e as diversas bases sindicais de metroviários e ferroviários que representam seus empregados, inclusive os de Belo Horizonte.
A BHTrans, empresa que gerencia o tráfego de veículos na capital, informou que não haverá esquema especial ou incremento nas viagens feitas pelos ônibus da capital.
Para deliberar sobre os rumos do movimento, o Sindimetro-MG realizará uma assembleia na tarde desta segunda-feira, na Praça da Estação, no centro da cidade.
Por Eliezer Dias