Na tarde desta terça (1º), trabalhadores reunidos na Praça Castro Alves, em Salvador, participaram do 1º de Maio Unificado, promovido pela CTB, FS e NCST. Desenvolvimento com menos juros, mais empregos e melhores salários foram as bandeiras de luta que marcaram o Dia do Trabalhador deste ano.
Para o presidente da CTB-BA, Adilson Araújo, as centrais perceberam a necessidade de unificar as lutas. “A Praça Castro Alves recebeu a classe trabalhadora para celebrar seu dia, com unidade. A plataforma da Conclat dá norte ao rumo que o país deve tomar, sobretudo, no que diz respeito a um projeto de desenvolvimento centrado na valorização do trabalho. De que adianta sermos a sexta economia mundial se temos um dos maiores índices de desigualdade?”, questionou Araújo, que ressaltou a importância de conciliar um dia de lazer com a luta dos trabalhadores.
Aplaudido, o coordenador de Comunicação da CTB-BA, Renato Jorge Pinto, convocou os trabalhadores para lutar contra o abandono de Salvador. “É dia de festa, mas não podemos esquecer que Salvador é uma cidade abandonada, com alto índice de desemprego e precariedade nos serviços essenciais. Nós trabalhadores temos que dar um basta nesta situação. Precisamos lutar por uma gestão competente para nossa capital e isso passa pela saída do prefeito João Henrique”. Após essas palavras, o coordenador geral da Assufba Sindicato, Renato Jorge Pinto, foi aplaudido.
Representações políticas e sindicais subiram ao palco, entre as atrações culturais e sorteio de prêmios, para trazer reflexão à classe trabalhadora. “É claro que temos o que comemorar. O nível do salário mínimo que temos hoje é muito positivo, além da melhor distribuição da renda e do trabalho, pois é um sinal e um caminho, algo que nós já desejávamos a muito tempo. Mas, também temos muito a conquistar. Queremos o fim do fator previdenciário, a equidade salarial entre homens e mulheres e outras tantas lutas dos trabalhadores”, destacou a deputada federal Alice Portugal.
A presidenta da Força Sindical-BA, Nair Goulart, defende uma nova forma de crescimento econômico. “Seguimos unidos, reivindicando mais empregos, menos juros e melhores salários, para um Brasil mais justo. O povo do semiárido, por exemplo, continua muito pobre, sem recursos básicos para a sobrevivência. Por isso, defendemos um país com desenvolvimento sustentável para uma vida mais digna. Precisamos avançar e desenvolver este país, com trabalho decente e inclusão social para os trabalhadores”, ressaltou a dirigente.
“Nada melhor do que estarmos aqui na “praça do poeta”, defendendo as mesmas bandeiras. Nós precisamos lutar mais, levar o povo para as ruas pela redução da jornada de trabalho. Já fizemos isso há 22 anosNCST.
Por Daniela Sansão – CTB-BA