O 1º de maio foi gelado, mas nada que fizessem os trabalhadores não sair de casa. Em Caxias e Canoas foram realizadas diversas atividades e shows para celebrar o Dia do Trabalhador.
Em Caxias do Sul, cerca de 30 mil pessoas participaram do Ato Show do Dia do Trabalhador organizado pela CTB/RS e sindicatos filiados, com apoio da prefeitura e da Rádio Mais Nova, nos Pavilhões da Festa da Uva. A tarde fria da serra esquentou com vários shows para todos os gostos. Nos intervalos dos shows sindicalistas faziam suas intervenções lembrando as lutas e conquistas dos trabalhadores.
Foram lembrando os mártires que morreram defendendo redução da jornada de trabalho e melhores condições de trabalho. Também foi defendida a ampliação de direitos como redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, qualificação profissional, entre outros.
Para Guiomar Vidor, presidente da Fecosul e da CTB/RS, o ato em Caxias foi o maior dos últimos tempos. Vidor acredita que a participação dos trabalhadores demonstra que a CTB e as demais entidades sindicais estão recuperando a credibilidade diante do trabalhador. “Além de propiciar lazer, arte e cultura, estes atos propiciaram levar as propostas do movimento sindical para a classe trabalhadora com intuito de mudar os rumos do país e construir uma sociedade mais justa e igualitária”, definiu Vidor.
Em Canoas a festa do dia do trabalhador reuniu cerca de 50 mil pessoas no Parque Eduardo Gomes. A festa foi realizada pelas centrais sindicais CTB, UGT, FS e CUT, e sindicatos filiados. Os trabalhadores conferiram diversas atrações, desde serviços até grandes shows. Atividades como teatro de rua, palestras voltadas a sustentabilidade, atividades esportivas, oficinas de educação ambiental e de manutenção de ferramentas e até mesmo agências de emprego estiveram para ofertar trabalho, assim como serviços de confecção de documentos.
Os representantes da CTB, da Fecosul, e sindicatos lembraram que o dia era de festa, mas também de reflexão por todas as lutas que ainda não foram conquistadas.
Para Vicente Selistre, vice-presidente da CTB Nacional e presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, está data é de mobilização. “Hoje estamos mobilizando o trabalhador para diversos fins. E já é fato que estamos avançando, o governo já baixou os juros; temos aumento gradativo do salário mínimo, que é o maior da história desde os seus 70 anos e também criado num 1º de maio; aumentou o microcrédito; e estamos lutando pelo fortalecimento da indústria nacional; isso são vitórias. Mas ainda há muitos desafios pela frente, o 1º de Maio é um momento de pressão pelas nossas causas, como a redução de jornada para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário e tantas outras batalhas que a CTB e suas federações têm nos seus ideais”, afirmou Selistre.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos no Comércio do Rio Grande do Sul (SEAACOM) José Francisco Providel salientou que esse tipo de evento é necessário para reforçar a lutas dos trabalhadores. “Na realidade é um momento de festa, mas também de reflexão. Dentre as principais causas, nós defendemos, tanto pela CTB, como pela Fecosul a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e outras coisas que possibilitem no futuro a melhora da qualidade de vida daquele que já trabalhou muito e dos que estão chegando agora no mercado de trabalho. Então momentos como estes nos fazem refletir que ainda há o que fazer”, disse Providel.
Textos e fotos: Márcia Carvalho e Marina Pinheiro
