Denunciar o registro informal de horas extras e a pressão para o cumprimento de metas, que têm ampliado ainda mais os casos de assédio moral, e a ampliação do horário de atendimento nas agências da Caixa, foram os motivos da manifestação realizada nesta terça-feira (24/04), pelos bancários da Bahia, na unidade da Calçada.
O Sindicato da Bahia luta contra o banco de horas negativas adotado pela instituição financeira, onde os empregados não recebem o adicional devido. Os bancários são obrigados a compensar as horas. No entanto, para fazer a exigência, é preciso que seja feito um acordo entre os gestores e os empregados.
O vice-presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos, lembra que o funcionalismo não deve ser pressionado para cumprir metas com o anúncio da queda nos juros na Caixa. “O banco quer manter o patamar de lucratividade, porém isso tem de ser acompanhado com o aumento das contratações e o número de agências”. Prova disso é que a procura por informações lota ainda mais as unidades.
Também estiveram presentes no protesto o diretor do SBBA, Roswilson Sampaio, e da Federação da Bahia e Sergipe, Luciana Melo e Wagner Soares.
Horas extras
A extrapolação da jornada de trabalho nas agências também foi destacada durante o protesto realizado nesta terça-feira (24). “Não somos contra a ampliação do horário de atendimento no meio de semana, mas lutamos pela jornada de seis horas“, afirma Augusto.
Os empregados não estão satisfeitos com o mecanismo utilizado pela empresa. “A Caixa não está pagando as horas extras, o que sobrecarrega ainda mais os funcionários. O dia de folga é utilizado para compensar as horas”, afirma a bancária Paloma Amazonas.
Para o bancário Orival Galdino, a iniciativa deve partir da Caixa. “Os empregados estão dispostos a trabalhar, mas a empresa deve traçar um plano para que os bancários não sejam sobrecarregados”, ressalta.
O movimento sindical defende que os bancos devem ter dois turnos de atendimento (manhã e tarde), com duas equipes de empregados. Atitude que ampliaria o acesso dos clientes às unidades bancárias, sem sobrecarregar o funcionário.
Fonte: Seeb