A CTB participou na última segunda-feira (16), ao lado das centrais sindicais (CUT, Força e UGT), CSP, sindicatos e federações de diversas categorias profissionais, de uma atividade no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, interior de São Paulo, para discutir providências contra medidas que alguns procuradores do Trabalho vêm adotando e que, segundo sindicalistas, têm o objetivo de enfraquecer a organização dos trabalhadores.
De acordo com os representantes das centrais, vários sindicatos da região têm sido multados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) devido à aplicação de taxas sindicais previstas em Convenções Coletivas.
Os sindicalistas reclamam que os procuradores ignoram decisões de assembleias, de acordos coletivos e até de termos assinados com o próprio MPT para perseguir sindicatos. Para as centrais, esses procuradores estariam mais empenhados em promover o desmonte de sindicatos de trabalhadores do que em apurar e penalizar irregularidades cometidas por empresas.
Na opinião do presidente da CTB São Paulo, Onofre Gonçalves, é impensável que um orgão criado para proteger o trabalhador se comporte de forma oportunista. “A principal função do Ministério Público é a de defender o trabalhador e a trabalhadora brasileiro e não promover o desmonte de entidades sindicais da região”, destacou o dirigente.
Opinião compartilhada por Wagner Gomes, que destacou a importância que o orgão tem na fiscalização das irregularidades dentro das empresas. “Há muita ilegalidade ainda sendo cometida contra os trabalhadores.O procuradores devem estar atentos a isso. Temos que firmar uma parceria em prol da classe trabalhadora e dar um basta nesta perseguição sindical”, afirmou o sindicalista.
O gerente regional do trabalho, Vitório José Cattai, que representa o Ministério do Trabalho na região, também declarou apoio aos sindicatos. Os sindicalistas vão relacionar os casos de abusos e levá-los ao Conselho Nacional de Justiça e ao Congresso Nacional.
Portal CTB com agências (Foto: Imprensa SMetal)