Em assembleia realizada na noite da terça-feira (17), professores e professoras da rede pública estadual de Sergipe decidiram pela continuidade da paralisação iniciada na última segunda-feira (16) por tempo indeterminado .A principal reivnidicação dos docentes é o reajuste do piso salarial nacional para toda a carreira.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese), lei complementar sancionada pelo governador Marcelo Déda, em dezembro do ano passado, reestruturou o quadro permanente dos profissionais do magistério público estadual e extinguiu a carreira docente de nível médio.
Para o Sintese, o governo do estado entende equivocadamente que a lei do piso deve ser aplicada apenas aos professores de ensino médio, cuja carreira foi extinta. O sindicato argumenta que a medida quebrou a unicidade da carreira docente e impossibilita o reajuste do piso salarial a todos os trabalhadores, que deveria ocorrer em 1º de janeiro deste ano. Dessa forma, apenas 500 professores de nível médio remanescentes tiveram direito ao reajuste do piso de R$ 1.187 para R$ 1.451, um aumento de 22,2%. De acordo com a entidade sindical, mesmo nessa faixa, o pagamento realizado em folha suplementar em 26 de março causou indignação, porque a atualização paga foi a mesma para professores de início e fim de carreira.
Se o entendimento do governo estadual prevalecer, os professores com formação de nível superior ou pós-graduados terão os salários reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na faixa de 6,5%, na data-base da categoria, em 1º de maio. Os docentes nessa faixa teriam perda de quase 16% com a medida.
Durante a assembleia, realizada no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a categoria também definiu uma agenda de luta, que inclui ato, vistas às escolas e assembleias. Na manhã desta quarta-feira, 18, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) e professores iniciam as visitas às escolas.
Na quinta-feira, 19, acontecerá um ato público a partir das 8h no Calçadão da rua João Pessoa. Na sexta-feira, 20, haverá um bandeiraço no Parque dos Cajueiros a partir das 15h e na terça-feira (24), mais um bandeiraço, desta vez na porta da Assembleia Legislativa.
Portal CTB com agências