A Cidade do México amanheceu nesta sexta-feira (3) tomada por professores de todo o país. Os docentes estão na capital para cumprir o segundo dia de uma greve nacional de 48 horas, contra a política conservadora do governo nacional.
Pela manhã, os educadores realizaram uma passeata desde a Praça do Zócalo até Câmara dos Deputados. Enquanto isso, integrantes da Coordenação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) mantiveram bloqueados durante quase três horas os acessos do Palácio Legislativo.
Um dia antes, os manifestantes impediram a saída dos parlamentares, que reuniram-se na sessão do Segundo Período Ordinário do Terceiro Ano de Exercício da 61ª Legislatura.
Em Oaxaca, os professores ocuparam lojas departamentais, bancos e sedes de instituições, entre eles o Instituto Estatal de Educação Pública e a Secretaria de Desenvolvimento Social, além de fecharem a autopista que liga esse território à capital.
A Seção 22 do SNTE no estado sulista anunciou um plano alternativo à Aliança pela Qualidade Educativa, denominado Pela Transformação da Educação em Oaxaca.
O plano, segundo os dirigentes sindicais, foi apresentado perante o governo estatal e federal para sua legalização e para que desta “forma sejam liberados os recursos econômicos à infraestrutura, equipamento, criação de vagas e regularização do pessoal contratado por honorários”.
Na semana passada, a CNTE anunciou uma greve nacional do setor nos dias 2 e 3 fevereiro, em protesto contra a aplicação da avaliação universal que a Secretaria de Educação Pública pretende aplicar.
César Mendoza, porta-voz da CNTE, informou que a paralisação das aulas estaria acompanhada de mobilizações em todo o país, especialmente no Distrito Federal, Oaxaca, Guerrero e Chiapas.
Os professores recusam as novas regras ao plano de carreira do magistério, ao considerar que impossibilitam a melhora profissional e econômica e porque impõe critérios de qualificação inalcançáveis, entre outras demandas.
Fonte: Agência Prensa Latina