Após uma paralisação que durou cerca de três horas na manhã da última terça-feira (das 3h as 6h), os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo realizam na próxima segunda-feira (6) uma nova assembleia para definir se promovem, ou não, uma greve geral na cidade.
O protesto se dá contra as multas impostas às viações pela SPTrans, a empresa municipal que gerencia o transporte coletivo na cidade. Os trabalhadores revelam que as autuações, direcionadas às empresas, são descontadas dos seus salários. O piso salarial de um motorista de ônibus é de R$ 1.676,05.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas de São Paulo todos os dias são lavradas cerca de 400 multas. Para o diretor do sindicato José Carlos S. Ferreira (Zé Carlos Negrão) essa situação é totalmente surreal, já que as multas são cobradas duas vezes.
Segundo o dirigente, há uma forte tendência para que a categoria aprove, na assembleia da próxima segunda-feira, uma paralisação de 24 horas. “Temos que conseguir dos empresários uma posição sobre essa cobrança. Precisamos de uma solução para essa mentalidade, que tanto prejudica nossa categoria”, afirmou.
A SPTrans, por sua vez, divulgou diante da mobilização dos trabalhadores que tomará as medidas jurídicas cabíveis para o serviço essencial não ser prejudicado.
Qualidade
Desde 2009 a categoria tenta negociar com a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT) e com a SPTrans pela readequação das Portarias (111/2003; 097/2005 e 213/2007) que instituem as multas do Regulamento de Sanções e Multas (Resam).
O Resam versa sobre os padrões de qualidade, eficiência e segurança dos veículos e podem ser classificadas como leves, médias, graves e gravíssimas. NO entanto, a reclamação dos sindicalsitas se refere aos valores que superam em quase três vezes as que constam no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Portal CTB