A greve dos trabalhadores da construção civil está marcada para começar nesta terça-feira (17) e de acordo com o sindicato da categoria pelo menos 100 obras podem ser paralisadas, atingindo 10 mil operários.
Segundo Raimundo Ibiapina, presidente do Sitricom (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Piauí), a principal reivindiciação é o reajuste salarial que já deveria ter ocorrido desde novembro, data-base da categoria, mas também reivindicam melhores condições de trabalho, plano de saúde, vales transportes e a comemoração do dia do Trabalhador da Construção Civil, dia 20 de setembro.
Ele afirma que já se passaram nove meses de negociação e que o reajuste reivindicado é de 19%, mas o sindicato patronal só oferece 6%. A proposta não foi aceta pela categoria, que ainda reivindica plano de saúde e vale transporte.
Ele revelou que serão paradas pelo menos 100 obras, dentre elas construções públicas e privadas: como o Programa Minha Casa, Minha Vida no conjunto Alegria, onde 2.600 casas estão sendo construídas, a ampliação de um Shopping Center da cidade, construções de apartamentos e imóveis de grandes construtoras na zona Leste de Teresina.
“A partir das 5 horas da manhã, estaremos visitando cada canteiro de obra e levando nossas pautas aos operários que estão insatisfeitos com o salário pago atualmente”, afirmou o presidente do Sitricom. Ele disse que desde 1986 não há uma greve por tempo indeterminado na construção civil do Piauí. Em 2008 e 2010 foram apenas paralisações por dois dias.
“Queremos enfatizar que estamos abertos às negociações. E esperamos fazer um movimento pacífico, já que o único meio legal que nos sobrou, após tantas negociações”, destacou.
Só em Teresina existem cerca de 10 a 15 mil operários e o piso salarial é de R$ 800,00. De acordo com o sindicato, os patrões foram avisados e comunicados estão sendo veiculados nas televisões locais.
Com informações das agências