A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), por meio de sua Secretaria de Relações Internacionais, vem a público para se solidarizar à luta de 400 trabalhadores metalúrgicos gregos da indústria Helleniki Halivourgia, que permanecem em greve há 70 dias, apesar de todas as chantagens impostos por seus patrões.
Na condição de entidade classista, filiada à Federação Sindical Mundial (FSM), a CTB reconhece no protesto desses trabalhadores não apenas uma luta por seus direitos profissionais, mas sim uma luta que pertence à classe trabalhadora grega em geral.
Diante da crise financeira que assola a Grécia e a União Europeia, a referida empresa quer impor a seus trabalhadores um salário de apenas 500 euros por uma jornada de trabalho de cinco horas diárias – valor que, para um trabalhador grego, é uma remuneração miserável. A empresa foi taxativa: ou os funcionários aceitavam a proposta ou haveria um total de 180 demissões.
A CTB destaca, nesse processo, o papel desempenhado pelo PAME (Frente Militante de Todos os Trabalhadores) junto aos metalúrgicos. A entidade organizou uma grandiosa rede de solidariedade para que a greve seja mantida, obrigando a empresa a negociar em melhores condições.
Ao lado da FSM, a CTB se soma a diversas organizações de todo o mundo para exigir que a Helleniki Halivourgia recontrate os 50 funcionários que já foram demitidos desde o início dos protestos, que mantenha a jornada de oito horas diárias e que não coloque em discussão qualquer tipo de redução salarial.
Continuares acompanhando sua luta, à espera de um final que contemple os interesses da classe trabalhadora grega.
Wagner Gomes
Presidente nacional da CTB
João Batista Lemos
Secretário adjunto de Relações Internacionais e vice-presidente da FSM