Estudantes sofrem repressão da PM
Os estudantes voltaram às ruas de Teresina, capital do Piauí, nesta quarta-feira (4), para protestar contra o aumento da passagem de ônibus e ao projeto de integração das linhas dos coletivos que circulam pela capital. Na terça-feira (3) a polícia usou gás de pimenta e spray para reprimir a manifestação.
Cena da prisão de um dos estudantes. Ele foi agredido diversas vezes pelos policiais durante a sua detenção.
Os manifestantes se concentraram desde as 9 horas na Praça do Fripisa e depois seguiram em passeata em direção à Praça da Bandeira. O número de estudantes que participam do protesto é visivelmente maior que o desta terça-feira.
Há muitos policiais espalhados pelo centro e acompanhando a manifestação. A cavalaria da Polícia Militar já se encontra no canteiro central da Avenida Frei Serafim. O trânsito está congestionado por todo o centro comercial.
Na manhã desta quarta-feira o presidente da Ordem dos Adogados do Brasil, secção Piauí, Sigifroi Moreno, esteve em reunião com o comandante da Polícia Militar. O pedido era de afastamento e punição dos policiais que cometeram abusos na tarde desta terça (3) durante o protesto na Avenida Frei Serafim.
No local, estudantes picham alguns ônibus com os dizeres: “R$ 2,10 é um assalto”. No movimento, representantes do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm) e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Sintrajufe) acompanham as manifestações.
O promotor de Justiça Francisco de Jesus acompanha a manifestação motivado pelos excessos cometidos pela Polícia Militar na tarde de ontem. Francisco disse ainda que se os envolvidos exigirem a apuração dos fatos, o Ministério Público entrará com uma representação contra a PM.
“A lei permite a manifestação, sendo vedado apenas o anonimato. Se a manifestação for pacífica não tem porque repreender com violência, usando balas de borracha e spray de pimenta”, disse o promotor.
Fonte: Acesse Piauí