Funcionários públicos italianos entram em greve contra novo 1º ministro

A Itália acordou nesta segunda-feira (19) com os funcionários públicos em greve, uma paralisação em protesto contra o novo plano de austeridade do governo nomeado de Mario Monti.

A paralisação convocada para esta segunda-feira poderá perturbar mais fortemente os hospitais, devido a uma ação conjunta da iniciativa de três grandes sindicatos italianos: o CGIL, a CISL e a UIL. Está previsto que médicos e enfermeiros façam greve durante todo o dia, não assegurando mais nada a não ser as urgências.

Na parte da educação, os professores das escolas primárias, colégios e liceus farão greve à última hora do horário, enquanto nas universidades a greve se estenda por todo o dia.

Já nos Correios, os trabalhadores só irão estar parados nas últimas três horas da jornada de trabalho.

Estão ainda previstas várias manifestações em muitas cidades, como Roma, onde os sindicatos se irão juntar em frente ao Parlamento.

Apesar do primeiro-ministro italiano Mario Monti ter estado reunido com os sindicatos este domingo, durante várias horas, com o objetivo de os persuadir a desconvocar a greve, a Confederação Geral de Trabalhadores e a Confederação de Sindicatos de Trabalhadores mantêm o protesto. Em particular, os sindicatos exigem que Monti recue na intenção de alterar a idade de reforma dos italianos para os 67 anos.

Além disto, o protesto desta segunda-feira, que se segue à greve do sector privado registada na última segunda-feira, realiza-se porque os funcionários públicos italianos reclamam “uma alteração radical do plano e mais equidade” para que o mesmo não se baseie apenas “nos trabalhadores e reformados” e que afete também “os que fogem ao fisco e as grandes fortunas”, segundo os sindicatos.

O parlamento italiano aprovou, na sexta-feira passada, um plano de austeridade que deverá permitir à Itália atingir o equilíbrio orçamental em 2013, a fim de acalmar os mercados, apesar de implicar cortes no investimento público e diminuir direitos laborais. O plano deverá ter “luz verde” do Senado ainda esta semana.

Fonte: Esquerda.net

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