Carlos Marighella recebe anistia política 42 anos após sua morte

No dia que completaria cem anos, o líder político baiano Carlos Marighella teve sua anistia declara pelo Ministério da Justiça. A cerimônia que anistiou e homenageou o militante aconteceu nesta segunda-feira (5), no Teatro Vila Velha, como parte da 53ª Caravana da Anistia do Ministério da Justiça e teve a presença do governador Jaques Wagner.

Como parte das comemorações do centenário de Marighella, será inaugurado o Pró-Memorial Marigella Vive, reunindo um acervo de fotografias, documentos e escritos.

Marighella era militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) até 1967, quando foi expulso e fundou o partido Aliança Libertadora Nacional (ALN), que defendia a luta armada contra a ditadura. Ele participou do seqüestro do embaixador do EUA Charles Elbrick. Dois meses depois sofreu uma emboscada em São Paulo, e foi morto ao resistir à prisão. Marighella chegou a ser considerado o inimigo número um dos militares até 1969.

Nascido em Salvador, Marighella era estudante de engenharia. Escrevia poesias e costumava responder, nas aulas e nas provas, às questões em versos. Foi autor também de diversos textos combativos neste formato, e no ano que morreu, em 1969, escreveu o Minimanual do Guerrilheiro Urbano, um guia com orientações para revolução.

A responsabilidade do Estado pela morte do comunista só foi reconhecida em 1996, pelo Ministério da Justiça. Em 2008, o governo federal decidiu que a companheira dele, Clara Charf, receberia pensão vitalícia. Processes de outros 16 ex-presos será julgada nesta terça (6) pela caravana, no Palácio da Aclamação.

Fonte: Agência de Notícias

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