Contra reforma na Previdência, Reino Unido deve ter 2 milhões nas ruas nesta 4ª

Os sindicatos britânicos esperam que até dois milhões de trabalhadores do setor público integrem a greve convocada para esta quarta-feira (30), em protesto contra a polêmica reforma das aposentadorias, que os fará, segundo os manifestantes, “trabalhar mais e receber menos”.

Britânicos levarão às ruas mensagens contra os cortes no funcionalismo público

A greve afetará principalmente as escolas, embora também estejam previstos grandes transtornos nos aeroportos. O operador de Heathrow, maior do mundo em tráfego internacional, pediu às companhias aéreas que reduzam em até 50% o número de passageiros de seus voos com chegada prevista para quarta-feira, para prevenir um eventual caos.

O movimento também pode afetar a saúde, os transportes, os tribunais e até os museus, conta com um apoio de cerca de 30 organizações sindicais, incluindo a principal de trabalhadores do setor público, Unison, e a maior do país, Unite.

A convocação revela a oposição dos trabalhadores à reforma da previdência, que propõe elevar a idade de aposentadoria, além de aumentar as contribuições individuais e reduzir o valor desse benefício, que passará a ser calculado pela média do salário recebido durante os anos trabalhados, em vez de se basear na última remuneração.

Essas mudanças são consideradas injustas pelos sindicatos frente à postura governamental, que alega que as modificações são necessárias para manter baixo o custo do contribuinte, já que a expectativa de vida aumenta cada vez mais. Para Brendan Barber, secretário-geral da confederação sindical britânica Trade Union Congress (TUC) em entrevista ao jornal britânico ‘The Observer’, o governo “manipulou deliberadamente a generosidade de suas propostas”.

Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal ‘The Independent On Sunday’, Ed Balls, o porta-voz de finanças do Partido Trabalhista, primeiro da oposição, expressou sua ‘enorme solidariedade’ aos funcionários públicos que apoiam a medida.
De acordo com Balls, é ‘lamentável’ que o Executivo de conservadores e liberais não tenha conseguido evitar a greve.

Com agências

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