Portugueses também se unem à greve no setor de transportes na UE

Nesta terça feira (8), os trabalhadores dos transportes em Portugal realizam uma jornada nacional de luta contra o arrocho salarial e pela negociação das condições de trabalho, contra o aumento do horário de trabalho, contra as demissões, pela defesa de direitos e pela defesa e cumprimento dos acordos de empresa.

As ações de luta se dão, nomeadamente, nas empresas Metro de Lisboa, CP, Refer, CP Carga, Transtejo, Soflusa, EMEF, Carris e STCP.

O presidente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), Vítor Pereira, disse que há um esforço da categoria para reduzir os danos causados à população, com a opção por paralisações em horários alternados. “Há uma revolta enorme entre os trabalhadores por causa das medidas que o governo quer impor”, disse ele.

Pereira disse ainda que a adesão à greve será ampla e atingirá cidades como Lisboa, e o Porto. As novas medidas anunciadas pelo governo devem acarretar demissões, cortes salariais e horários de trabalho mais longos.

A rede ferroviária é, até então, a mais afetada com a supressão da quase totalidade dos serviços em todo o país. No metrô e na rede rodoviária as paralisações são parciais e terão lugar ao longo de todo o dia.
Crise

Os trabalhadores dos transportes públicos contestam as novas medidas de austeridade, como a suspensão dos subsídios de Natal e de férias, e o plano de reestruturação dos transportes, que prevê nomeadamente fusões das empresas públicas.

Os principais sindicatos portugueses, mobilizados pela CGTP, já convocaram uma greve geral para o dia 24 de novembro.

No final de outubro, trabalhadores gregos do setor de transporte já paralisaram suas atividades em protesto à crise econômica e as medidas de austeridade tomadas por seu governo para amenizá-la. Na França, o sistema ferroviário também foi interrompido nesta segunda-feira.

Com agências

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