O sistema ferroviário na França começará sua paralisação de maneira parcial na noite desta segunda-feira (7), quando vários sindicatos irão aderir ao chamado do setor na União Europeia para protestar contra os planos de privatizar esse serviço.
As linhas dos trens Lunéa, que ligam Paris a Toulouse e Niza, só colocarão em circulação um trem de ida e volta na noite desta segunda-feira.
Na terça-feira, a diminuição em todo o país será mais sensível, em particular no norte e no oeste, mas se descarta a greve total para evitar afetações graves à população, de acordo com as organizações sindicais.
A greve continental será cumprida até as primeiras horas da madrugada da quarta-feira. Gilbert Garrel, principal dirigente da Central Geral de Trabalhadores no setor ferroviário, disse que a medida tem como objetivo informar os usuários e colocá-los em alerta sobre os planos de privatizar as linhas.
Ao longo de novembro, a Comissão de Transporte da União Europeia voltará a discutir em Bruxelas um polêmico projeto para incorporar empresas privadas à prestação deste serviço, com o pretexto de estimular a concorrência.
Atualmente, a maior parte das ferrovias são estatais, o que permite oferecer um preço relativamente baixo para a locomoção de passageiros e mercadorias.
A injeção de capital privado, cujo principal objetivo é o lucro ao menor custo possível, implicaria a demissão de milhares de trabalhadores em todo o continente e o aumento do preço nos trajetos locais, nacionais e internacionais, coincidiram analistas.
Este projeto já tem vários anos de estudo, mas até o momento a oposição dos sindicatos, que agrupam dezenas de milhares de operários vinculados direta ou indiretamente ao transporte ferroviário, evitou sua colocação em prática.
Fonte: Agência Prensa Latina
