Continua perseguição a dirigentes sindicais na GM São Caetano

Continua a perseguição aos dirigentes sindicais dentro da fábrica da General Motors do Brasil (GM) de São Caetano do Sul. Desta vez, os dirigentes punidos com dois dias de suspensão foram os metalúrgicos Demétrio Ferreira dos Santos, Célio José Giatti e João Sipriano (Magrão), segundo vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.

Magrão e Marcelo Toledo na luta contra as práticas antissindicais dentro da GM

Os sindicalistas foram punidos na quinta-feira (22) por distribuir um boletim informativo dentro da empresa, chamado “Participação e ação consciente”, que traz uma matéria com o título “Chega de acidentes e mortes no trabalho”.

Segundo Marcelo Toledo, 1º secretário do Sindicato, o material (distribuído pelo núcleo da CTB) tem como principal objetivo conscientizar os trabalhadores de seus direitos e da importância da segurança no ambiente de trabalho. “Essa atitude mostra o caráter dos patrões de forma geral. A falta de democracia dentro da fábrica. Como pode suspender três diretores por distribuir um material informativo? É uma postura arbitrária. Eles não querem que os trabalhadores tenham informação, para continuar explorando”, destacou Toleto.

O sindicalista lembra também que essa é a segunda suspensão do Magrão. Em agosto de 2010, a empresa já havia punido o sindicalista por realizar uma pequena assembleia a pedido dos trabalhadores para tratar dos assuntos relacionados aos graves problemas que ocorrem no processo de trabalho, entre eles a falta de mão de obra e a pressão da chefia por mais produtividade.

“Vamos entrar com pedido de mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho (DRT-SP) para ver se a empresa volta atrás nessa suspensão. Se não, vamos entrar com uma ação judicial”, afirma Toleto.

Portal CTB

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