Mais de 1.500 pessoas participaram nesta terça-feira (20) do ato organizado em São Paulo pela criação do Estado da Palestina. A CTB marcou presença no evento, que foi realizado em diversas cidades ao redor do planeta – em virtude da proximidade da votação na Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito dessa questão.
Partidos políticos, movimentos sociais e as demais centrais sindicais estiveram presentes ao ato, iniciado na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Teatro Municipal. Em seguida, os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas de São Paulo, em direção à Câmara Municipal, onde o evento foi encerrado.
Ao longo do trajeto, a população paulistana que presenciou a passeata pôde conhecer um pouco da realidade vivida pelos palestinos, a partir dos discursos das dezenas de entidades participantes. Foi possível também conhecer um pouco da cultura de seu povo, por meio de poesias e músicas típicas.
Wagner Gomes, presidente nacional da CTB, lembrou que a luta pelo reconhecimento do Estado da Palestina é histórica. Ele afirmou que a causa do povo palestino é justa e espera que a ONU finalmente reconheça seu direito durante a Assembleia desta semana e inicie um novo período de paz no Oriente Médio. “É nossa participar deste ato e estarmos ao lado dos palestinos pelo direito à Pátria, ao seu próprio Estado, à sua autodeterminação”, defendeu o dirigente cetebista.
João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, também representou durante o ato a Federação Sindical Mundial (FSM), entidade da qual é um dos vice-presidentes. Ele afirmou que os trabalhadores classistas de todo o mundo estão ao lado dos palestinos em sua luta e não pouparão esforços no sentido dessa causa.
As declarações dos manifestantes destacaram a necessidade de os palestinos exercerem sua autodeterminação, defenderam o direito à soberania nacional, o fim da ocupação israelense, o combate ao imperialismo, os direitos humanos, a liberdade plena e a luta pela paz.
Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da CTB, reforçou a importância dos movimentos sociais e da classe trabalhadora nessa mobilização. “É a partir de manifestações como esta, em todo o mundo, que conseguiremos de fato lutar ao lado do povo palestino”, declarou.
Coube ao embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, o encerramento do ato. Ele afirmou que a causa de seu povo ganhou no últimos tempos uma nova dimensão e denunciou a manutenção das condições desumanas mantidas por Israel em relação aos palestinos. “Agradeço a todos e a cada um de vocês por este exemplo de solidariedade, que é o que diferencia os seres humanos”, declarou.
Dilma na ONU
Na abertura dos trabalhos da Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira (20), a presidenta Dilma Rousseff reforçou o reconhecimento brasileiro do Estado da Palestina, de acordo com as fronteiras de 1967. “Só isso amplia a possibilidade de paz duradoura no Oriente Médio”, disse. O assunto é um dos principais temas na Assembleia Geral desse ano, que enfrenta forte oposição dos Estados Unidos.
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