Instituto de Estudos Brasileiros prepara comemoração do cinquentenário

O Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo, criado por Sérgio Buarque de Holanda, comemorará 50 anos em 2012. Para preparar a celebração do cinquentenário de sua fundação, o Instituto abriu, nesta terça-feira (13), a exposição Atualidade de Sérgio Buarque de Holanda, a qual retrata aspectos pouco conhecidos de um dos maiores historiadores brasileiros.

As comemorações incluem a realização de um seminário, sob o mesmo título, também aberto hoje e que reunirá, durante três dias, um grupo de especialistas para falar da obra do escritor. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, compareceu à solenidade de abertura da exposição e do seminário, realizada às 17h30 na sede do IEB, em São Paulo.

Em sua fala, a ministra Ana destacou a personalidade do pai e a sua dedicação à pesquisa histórica. “Ele tinha personalidade de muita entrega e até os últimos dias continuava escrevendo e exercendo o prazer de conhecer mais”, lembrou. “Ele era o acadêmico que adorava falar. Era desses professores que falava desordenadamente e ia abrindo chaves, parênteses e colchetes, porque ele queria contar tudo”, discorreu a ministra. Segundo ela, Sérgio Buarque de Holanda se orgulhava da Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Estudos Brasileiros era como um filho para o historiador.

O professor e crítico literário Antonio Candido, também presente ao evento, abriu o seminário com uma palestra sobre a influência que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro tiveram sobre o homenageado. De acordo com o intelectual, foi em São Paulo que Sérgio Buarque virou historiador. Ele lembrou ainda da contribuição cultural que o escritor deu às duas cidades. “Sérgio levou para o Rio [onde viveu por 25 anos], que era uma cidade de modernismo pacato, a ousadia modernista de São Paulo. E, em contrapartida, trouxe o rigor historiográfico adquirido no Rio para uma cidade [SP] cujo estereotipo era a cidade do rigor, do trabalho. [Era] a cidade que não gostava de rir”, parafraseou Antonio Candido.

A cerimônia de abertura do seminário e exposição em homenagem a Sérgio Buarque de Holanda contou ainda com as presenças dos ex-ministros e professores Luiz Dulci e Celso Lafer, do secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), José do Nascimento Júnior.

Fonte: Ministério da Cultura

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