Trabalhadores da Saúde iniciam paralisação no Chile

Trabalhadores da atenção básica à saúde no Chile iniciaram nesta terça (13) uma paralisação de 48 horas contra as políticas de privatização do setor. Dirigentes da Confederação Nacional dos Funcionários da Saúde Municipalizada, organização coordenadora da jornada de protesto, denunciaram a privatização dos serviços sanitários através das concessões e compras a empresas privadas.

“A terceirização de serviços busca fazer crescer o setor privado, o que significa fazer com que o lucro se apodere do sistema de saúde”, disse Carolina Espinoza, presidente dessa organização.

A dirigente sindical considerou que o sistema público deve ser reforçado através da injeção de mais recursos por parte do Estado e, assim, estimular uma atenção de maior qualidade à população.

Sobre o assunto, o deputado do opositor Partido pela Democracia, Enrique Accorsi, estimou que o sistema de saúde no Chile está projetado para pessoas jovens que não adoecem.

“O Chile é o único país no qual seus hospitais públicos funcionam apenas metade do dia e 80% dos especialistas está no setor privado, onde dois milhões de pessoas são atendidas. As outras 15 milhões que completam a população chilena devem ser tratadas pelos 20% restante dos médicos”, disse.

Como parte do protesto de hoje, os trabalhadores da saúde farão uma marcha da Plaza de los Héroes de Santiago até o Ministério da Saúde, demonstração à qual também se juntarão os estudantes universitários.

“O pano de fundo do problema da saúde no Chile é a mesmo que o da educação e, por isso, apoiar as suas reivindicações”, destacaram os líderes da Confederação de Estudantes do Chile.

Fonte: Agência Prensa Latina

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