CCJ aprova projeto que incentiva Movimento Hip Hop no RS

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio grande do Sul aprovou na manhã da última terça-feira (06) o PL 124/2009, que Institui a Política Estadual de Incentivo à Cultura e à Arte Hip Hop no Rio Grande do Sul.

O PL 124 busca potencializar o apoio do poder público ao Movimento Hip Hop. Além de ser um movimento de resistência social e cultural, o hip hop também é uma forma de reação aos conflitos sociais e à violência que cresce nas cidades brasileiras.

Movimento que mobiliza especialmente jovens das periferias, que por meio da arte e da cultura, denunciam a exclusão e a opressão, o hip hop é a cultura das ruas, que se traduz em especial no rap, no grafite e np break dance.

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2005 – Racismo, Pobreza e Violência das Nações Unidas, apontou que 30 mil brasileiros são assassinados por ano, a maioria pobre, negra e jovem, com idades entre 15 e 24 anos. Os dados apontam para a necessidade de políticas públicas que transformem a situação. ‘Tenho a convicção de que o Hip Hop tem servido justamente como um meio de integração social, de resgate e de ressocialização dos jovens da periferia, buscando superar essa situação de marginalização’, diz Carrion.
Iniciado no final da década de 1960, nos Estados Unidos, como uma forma de reação aos conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas da sociedade norte-americana, o Hip Hop foi adotado no Brasil principalmente pelos jovens da periferias das grandes cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. Hoje, a cultura abrange o canto do rap, a instrumentação dos DJs, a break dance e a pintura do grafite.

No RS, a história da cultura Hip Hop tem como referência inicial as festas de soul e funk realizadas nas comunidades e salões da capital nos anos 80. ‘Hoje, observamos uma enorme difusão dessa cultura em todo o Estado. E a aprovação desta lei representará um grande salto organizativo do movimento’, lembra o deputado comunista.

Fonte: Isabela Soares

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