Metalúrgicos de Jaguariúna se unem a luta por leis do trabalho

Cerca de duas horas de caminhada, 6 quilômetros, aproximadamente 80 mil pessoas das 27 unidades da federação, 5 centrais sindicais e diversos movimentos, 5 bandeiras de luta. Esses são os números da manifestação das centrais sindicais com os movimentos sociais, realizada nesta quarta-feira (3) em São Paulo. Saindo da concentração feita em frente ao estádio do Pacaembu, a passeata seguiu pela avenida Paulista até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Toda a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região (SindMetal) esteve presente no ato, reforçando a luta do movimento sindical pela aprovação de leis relativas ao trabalho pelo Congresso Nacional. Entre elas, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem corte de salário.

Segundo explica o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú, outra reivindicação é acabar com o fator previdenciário – cálculo que reduz os benefícios de quem se aposenta mais cedo, por tempo de contribuição. Outro pedido é regulamentar a terceirização, para garantir os direitos dos trabalhadores, e o fim das práticas antissindicais.

O movimento pediu também que o Congresso ratifique as convenções 158 e 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – a primeira, contra a demissão de funcionários sem motivo, e a segunda regulamenta as condições dos trabalhadores domésticos no mundo, igualando seus direitos aos dos demais trabalhadores. As centrais sindicais pedem ainda a regulamentação da Convenção 151 da OIT, que estabelece o direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos.  É necessário que o Congresso Nacional ratifique as convenções da OIT para que elas tenham validade.

Além das reivindicações referentes ao mercado de trabalho, outras falam em mudanças na política econômica: reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno.

A lista de exigências incluiu também a realização das reformas agrária e urbana, a garantia de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação, e defende a “soberania nacional e autodeterminação dos povos”.

Entre os organizadores do ato estavam a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central. Participaram também movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte: Bruno Felisbino

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