Radialistas e jornalistas do Sergipe podem retomar negociações com patrões

Os comunicadores de Sergipe conquistaram deram um passo significativo na luta pela retomada das negociações com os empresários da comunicação para a Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012, suspensas há cerca de 15 dias, após a renúncia do presidente do sindicato patronal Messias Carvalho.

Na manhã desta terça-feira, 2/08, radialistas e jornalistas realizaram ato em frente ao Sistema Atalaia de Comunicação, cujo superintendente, Augusto Franco Neto, é o segundo vice-presidente patronal e pode assumir a vaga deixada aberta por Messias e retomar as negociações com os trabalhadores.

O ato contou com o reforço de Waldir Rodrigues, do Sintrase, Nivaldo Fernandes, do Sepuma, Adêniton Santana, do Sindicato dos Bancários, Edival Góes, presidente da CTB, e Edson Amaral, dirigente da Federação dos Trabalhadores em Rádio e Televisão (FITERT), que juntamente com os presidentes Fernando Cabral, do Sindicato dos Radialistas (Sterts), e George Washington Silva, do Sindicato dos Jornalistas (Sindijor), se alternaram ao microfone do carro de som durante toda a manhã para apelar que Augusto Franco Neto assumisse o sindicato patronal e retomasse as negociações com os trabalhadores.

Por volta das 9 horas, depois de muito esforço dos sindicalistas, o empresário e superintendente do Sistema Atalaia concordou em receber uma comissão para dialogar sobre a pauta posta. Na reunião, os sindicalistas mais uma vez expuseram a necessidade de AF Neto assumir seu papel à frente do sindicato patronal e negociar a Convenção Coletiva deste ano – que está em aberto desde maio –, mesmo que, após o fechamento das negociações, ele venha a renunciar.

“Não podemos é deixar os trabalhadores jornalistas e radialistas sem reajuste salarial nem a cobertura legal da Convenção Coletiva de Trabalho”, reportou Fernando Cabral, do Sterts.

“Falta muito pouco para o fechamento das negociações. A representação patronal já chegou a sete por cento de reajuste; os trabalhadores pleiteiam nove por cento e algum avanço social. É aproveitar que estamos numa boa maré econômica para fecharmos a Convenção com tranqüilidade”, expos Washington, do Sindijor.

De sua parte, Augusto Franco Neto problematizou sobre sua posição enquanto membro do clã dos Franco, cujo nome sempre remete à política, e a dificuldade de conhecer mais profundamente apenas empresas de radiodifusão, mas viu com bons olhos a possibilidade de assumir a sua entidade de classe e negociar com os trabalhadores.

“Não estava propriamente nos meus planos, mas vou analisar o estatuto da entidade e, se for eu mesmo o próximo na sucessão, vou assumir e marcar uma reunião o quanto antes para dialogar com os demais membros. Acho que ainda este mês podemos negociar com vocês”, prometeu.

Para o movimento sindical foi uma vitória. “Sem dúvida, foi um grande avanço ele ter nos recebido e colocado sua posição favorável em assumir as negociações, porque os trabalhadores não podem mais esperar. Vamos aguardar e torcer para que ele cumpra com o acordado”, afirmou Washington, do Sindijor.

“Foi uma grande vitória do movimento dos comunicadores e de todos que participaram do ato. E Augusto Franco Neto fez jus ao sangue herdado do seu avô, Augusto Franco, que era um empresário de espírito democrático e que negociava, quando preciso, diretamente com os trabalhadores. Vamos ver se agora as negociações retomam seu caminho e a gente possa fechar a Convenção Coletiva dos trabalhadores o quanto antes”, comemorou Fernando Cabral.

Fonte: Sindijor/SE

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