Centrais sindicais promovem ato no Campo Grande (BA)

Trabalhadores ligados a cinco centrais sindicais realizaram uma manifestação entre o Largo do Campo Grande e a Praça Castro Alves, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (21).

Os trabalhadores reivindicam a redução da jornada de trabalho, a implantação imediata do piso salarial de R$ 650 para a Bahia, além da efetivação da Reforma Agrária e o fortalecimento da agricultura familiar.

Além da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), também estão reunidos no Campo Grande integrantes da União Geral do Trabalhador (UGT), da Força Sindical, da Nova Central Sindical do Trabalhador (NCST) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

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A manifestação, que só não inclui a Central Única dos Trabalhadores (CUT), está prevista no calendário dos sindicatos e acontece em todo o país. Esta semana, os atos ocorrem na região Nordeste.

Mínimo estadual

De acordo com Nilson Bahia, vice-presidente da Força Sindical, a principal reivindicação na Bahia é a implantação do novo piso de R$ 650, já que os baianos ainda trabalham com piso baseado no salário mínimo nacional.
“Desde o dia 15, já protocolamos uma reunião com o governador pedindo uma audiência para discutir a questão. Não temos esse piso em nenhum estado do Nordeste, mas ele está presente em todo o Sul e em alguns estados do Sudeste”, afirmou Adilson Araújo, presidente da CTB.

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Segundo ele, a manifestação de hoje também é uma forma de cobrar uma posição do governo a respeito da discussão. “A Bahia já está atrasada”. Este piso foi permitido a partir da Lei Complementar Federal Nº 103, de 2000. Segundo Araújo, as centrais pedem a implantação imediata do piso, apesar de não acreditarem que isso seja possível ainda este ano.

Durante a manifestação, os trabalhadores apresentaram dados a fim de comprovar a legalidade das reivindicações. Nilson Bahia chamou a atenção para o valor do piso salarial no estado de Santa Catarina (R$ 630), onde o Produto Interno Bruto (PIB) é menor que o da Bahia, que ocupa a 6ª posição entre os estados brasileiros.

Araújo diz que a categoria quer a redução da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais. “O Brasil também está atrasado em relação a outros países. Na Europa, por exemplo, a jornada é inferior a 40h. Além disso, segundo cálculo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos), se o Brasil reduzisse a carga de trabalho, criaria outros 3 milhões de empregos”, explicou.

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Outras reivindicações

Os trabalhadores apresentam também outras reivindicações, como o fim do Fator Previdenciário, que reduz em até 40% os ganhos do trabalhador no momento da aposentadoria, e o pagamento imediato da correção das mais de 131 mil aposentadorias que apresentaram defasagem ao longo dos anos por conta da mudança dos pisos salariais.

A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e acatada pela Previdência Social desde o início do mês, mas o pagamento ainda não começou.

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Outra demanda dos trabalhadores é a implantação de duas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT): a de nº 151, que concede ao servidor público o direito de formar uma organização sindical e decretar greves; e a 158, que garante que o trabalhador só seja demitido se houver uma motivação.

“Não pode haver demissão sem justificativa. Isso será um inibidor para demissões arbitrárias”, explicou o presidente da CTB. Os trabalhadores se preparam também para uma caminhada nacional, que acontece em São Paulo, no próximo dia 3 de agosto.

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Fonte: Jornal A Tarde

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