Governo colombiano usa Exército para combater protesto de trabalhadores

O Partido Comunista Colombiano (PCC) denuncia a grave situação social vivida pelos trabalhadores no Cepcolsa Petróleo, uma subsidiária da empresa espanhola Cepsa, e os impactos negativos dessa atividade que afetam os/as habitantes de Puerto Gaitán, município do departamento de Meta.

O Ministério de Proteção Social comprovou as inúmeras infrações contra os trabalhadores, como violações trabalhistas, entre as quais está incluída a jornada de 18 horas de trabalho, a falta de pagamento das horas extras, exploração de jovens iniciantes, atraso no pagamento, entre outras violações.

A situação de violações é grave e para complicar ainda mais a resposta da empresa à reclamação dos trabalhadores tem sido a demissão de mais de mil funcionários. O governo, sabendo da situação, ordenou a intervenção do exército para acabar com os protestos trabalhistas de forma violenta e assim defender os interesses das multinacionais contra a aplicação da lei anti-multinacionais de trabalho.

“Chamamos a denúncia e a solidariedade global contra a prática abusiva da Cepcolsa e solicitamos o respaldo urgente das de organizações sociais do planeta para conter a ação governamental e fazer cumprir as normas nacionais e internacionais que protegem os direitos dos trabalhadores”, apelam.

Histórico dos fatos

As manifestações dos trabalhadores iniciaram na última quinta-feira (14). O confronto violento entre a polícia e a comunidade de Puerto de Gaitán, deixou claro que a tensão é crescente entre a população e as empresas petroleiras, em especial a Cepcolsa, Montagens JM e Pacific Rubiales, conhecidas por implementar suas próprias políticas e ignorar as leis trabalhistas existentes no país.

“A população exige às autoridades municipais, departamentais e nacionais, frear a intransigência das petroleiras como Cepcolsa, que além de violar os direitos dos trabalhadores não reconhece os direitos ambientais da comunidade”, apelam os trabalhadores em comunicado.

Os sindicatos exigem ações imediatas a respeito das denúncias com intervenção e investigação de todos os órgãos municipais, estaduais e federais; que o estado colombiano ofereça proteção e garantia de segurança aos trabalhadores, dirigentes que participam das assembléias permanentes e membros das comissões de negociação da União Sindical Obrera (USO); que as empresas multinacionais Espanhola Cepcolsa – Cepsa y Ecopetrol S.A. assumam a responsabilidade para dar solução a grave problemática que hoje vivem cerca de 1100 trabalhadores.

Fonte: Agência Adital

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