O Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto (Sintaesa) aguarda a publicação, na Gazeta Municipal, do decreto assinado pelo prefeito interino Julio Pinheiro que autoriza o município a transferir a gestão do sistema de tratamento de água e esgoto em Cuiabá para a iniciativa privada. A partir daí, vai analisar quais medidas judiciais poderão ser adotadas, numa tentativa de anular a medida.
O diretor do sindicato, Roberto Fernandes, criticou a aprovação do projeto, pela insegurança que gera aos trabalhadores. “Um dos itens assegura que a empresa responsável pela gestão de água e esgoto não precisa pagar multas rescisórias à Sanecap. Então, como fica a rescisão trabalhista se houver demissões? Os vereadores se recusaram a discutir, então, fica a dúvida. Será que é isso que estão escondendo?”, questionou.
Após Júlio Pinheiro confirmar a assinatura do projeto de lei, na quinta-feira (14), servidores da Sanecap e sindicalistas protestaram em frente ao Palácio Alencastro, sede da Prefeitura. A Polícia Militar foi acionada e formou um cordão de isolamento na porta de acesso para impedir a entrada dos manifestantes.
Manobras
A votação da mensagem encaminhada pelo Executivo envolveu uma forte articulação nos bastidores, visando a esvaziar qualquer tentativa de impedir a aprovação.
Isso porque, no momento da votação do projeto de lei, ocorria uma audiência pública no Plenarinho, para debater a implantação do Plano Municipal de Saneamento (PMS).
Ao mesmo tempo, o prefeito em exercício, Julio Pinheiro (PTB), convocou toda a imprensa para comparecer em uma entrevista coletiva no período da manhã, momento em que ocorria a votação, esvaziando assim a presença de profissionais da mídia no Legislativo Cuiabano.
Com informações das agências