Os peritos do Estado do Ceará iniciam greve uma geral a partir desta segunda-feira (04). A decisão, tomada na sede do Instituto de Identificação desde a última semana, foi uma resposta da categoria à posição “antidemocrática” do governador Cid Gomes de não abrir diálogo.
Para o coordenador do Mova-se, João Batista Silva, a intransigência do governo levou a Pefoce a caminhar para a sua primeira greve geral, o que significa dizer que ficarão comprometidos os seguintes serviços: a emissão de carteiras de identidade, os laudos periciais e os laudos de medicina legal (que sem os auxiliares não podem ser feitos).
Os peritos e auxiliares são responsáveis pelos levantamentos periciais de natureza diversas, desde os exames em locais de crime, acidentes, perícias especializadas (Fonética, Balística, Documentoscopia, Informática, DNA), bem como a elaboração de laudos e a responsabilidade por esse trabalho tanto na esfera criminal quanto judicial.
O que querem os peritos
1 – Equiparação salarial à média dos estados brasileiros. Até mesmo em relação a estados do Nordeste como é o caso da Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte os peritos cearenses estão em desvantagem.
2 – Redução das distorções salariais. Por terem acentuadas diferenças salariais em três categorias de peritos, perito legista(farmacêuticos e odontólogos), perito criminal (equipes de local de crime, engenheiros, contadores, analistas de sistemas), peritos criminais auxiliares (mesmas especialidades dos anteriores), que exercem funções equivalentes.
“O laudo pericial é a soma do trabalho do perito legista, perito criminal e do perito criminal auxiliar, portanto os três devem ter o mesmo peso e o mesmo salário.
É assim em todo o país menos no Ceará. Aqui, cada uma dessas três categorias de peritos têm vencimentos diferenciados”, denuncia o coordenador do Mova-se, João Batista Silva.
3 – Condições dignas de trabalho (principalmente no SVO onde a pericia forense vem funcionando precariamente desde que o IML foi desativado)
Fonte: Blog do Eliomar