A direção da Federação Sindical Mundial (FSM), entidade à qual a CTB é filiada, divulgou um documento no começo deste mês, no qual reafirma seu apoio ao Encontro Sindical Nossa América (ESNA) e confirma sua participação na quarta edição do evento, marcado para os dias 25 a 27 de agosto, em Manágua (Nicarágua).
Confira abaixo a íntegra do documento:
Estimados companheiros e companheiras:
A FSM saúda os trabalhadores e trabalhadoras da América Latina e do Caribe que lutam por seus direitos e por um futuro sem exploração do homem pelo homem.
Saudamos e apoiamos as mudanças positivas ocorridas em vários países da região, e expressamos nossa solidariedade de classe:
– À Revolução Cubana e à luta do povo cubano, que segue em seu esforço para construir um futuro socialista, contra os planos dos EUA e seus aliados.
– Aos povos dos países da América Latina, Central e do Caribe, que lutam pelo fim da exploração das fontes de recursos naturais de seus países por parte dos interesses transnacionais e dos monopólios.
– Aos indígenas, camponeses sem terra, imigrantes, trabalhadores autônomos e agricultores pobres que reivindicam seus direitos de seguridade social, direitos trabalhistas e salariais.
– À juventude, às mulheres, aos aposentados afetados pelas políticas anti-trabalhistas que sobrevivem com dificuldade.
– Aos trabalhadores e sindicatos que lutas pelas liberdades democráticas e sindicais, pelo fim dos assassinatos, das prisões de sindicalistas e da violência de Estado e patronal.
Companheiros e companheiras:
Vivemos em um período no qual se acentuam as ingerências imperialistas, como no caso da Líbia, no norte da África, no Oriente Médio, etc. A competitividade entre os centros imperialistas e capitalistas dão lugar a novos perigos para a paz e a para a seguridade internacional. A FSM rechaça e condena as guerras imperialistas e defende que os gastos militares em todo o mundo se revertam em investimentos produtivos para gerar empregos.
É dever da FSM reforçar o internacionalismo e nossa solidariedade; reforçar nossos sindicatos, reforçar nossa linha classista, unir a todos os trabalhadores na luta comum contra os monopólios, contra as guerras imperialistas.
A FSM respeita e apoio o direito de cada povo em decidir por si mesmo seu próprio curso de forma livre e democrática. Seus povos habitam uma região rica em fontes de recursos naturais, petróleo, ouro, diamantes, café, tabaco, gás natural, carvão, com rica pecuária e cultivos agrícolas, além de uma riqueza impressionante de água, bosques e natureza, com trabalhadores capazes, esforçados e dignos.
Toda essa riqueza tem que funcionar para beneficiar aos trabalhadores, para que não exista a pobreza, o desemprego e nem o emprego precário, o analfabetismo, as enfermidades e nem a mortalidade infantil. Para que todas as pessoas tenham direito à saúde, à educação e aos serviços públicos.
Por essas razões, a FSM ratifica uma vez mais o chamado para unir as forças nas ações de luta unitárias com todas as organizações sindicais e sociais que estejam de acordo com as mudanças profundas de estrutura, de caráter antiimperialista, em benefício da maioria que é excluída pelo sistema capitalista.
Todos esses temas se encontram no epicentro dos debates do Encontro Sindical Nossa América. São temas atuais, de nossa realidade, que ao mesmo tempo compõem os objetivos da FSM e também os objetivos do Dia Internacional de Ação que convocamos para 3 de outubro de 2011.
Fazemos um chamado aos filiados e amigos da FSM, para que dentro desse marco contribuam para o êxito dos debates em Manágua, para que o ESNA seja um fórum atual, militante e classista. Por uma FSM que dê força ao Encontro Sindical Nossa América.
Atenas, junho de 2011.