Trabalhadores e universitários chilenos marcharão hoje pela central Alameda de Santiago em rejeição ao modelo privatizador e excludente do sistema de educação.
A Confederação de Estudantes do Chile (CONFECH) recebeu finalmente ontem a autorização das autoridades metropolitanas para avançar pela principal avenida da capital, ainda que só em um pequeno trecho. Além da marcha, a jornada nacional de protestos em defesa da educação pública contempla nesta quinta-feira um ato central no Paseo Bulnes desta cidade, muito próximo ao Palácio de La Moneda.
Junto aos jovens participarão na manifestação autoridades acadêmicas, organizações gremiais como o Colégio de Professores e a Associação Nacional de Empregados Fiscais e a Central Unitária de Trabalhadores.
A CONFECH espera que umas 15 mil pessoas participem da mobilização que paralisará as atividades tanto nas universidades privadas como estatais e também no ensino secundário.
Camila Vallejos, presidenta da Federação de Estudantes da Universidade de Chile, desqualificou opiniões das autoridades do Ministério de Educação, que negaram que o sistema estivesse em crise.
“A crise existe e obedece a um problema estrutural em um sistema que se baseia na lógica mercantil e que não assegura a educação como um direito social e universal”, enfatizou Vallejos.
Assim como a líder juvenil, o reitor da Universidade de Santiago, Juan Manuel Zolezzi, criticou as políticas de segregação associadas às casas de estudos superiores.
“Não podemos permitir que o sistema universitário discrimine os estudantes por sua situação socioeconômica; também não é aceitável que entrem no sistema e depois se vejam obrigados a desertar por falta de recursos”, afirmou Zolezzi, quem junto a outros reitores expressou sua solidariedade com a greve estudantil.
Fonte: Prensa Latina