Sem proposta de reajuste, professores de Várzea Grande entram em greve

Os trabalhadores da educação de Várzea Grande cruzaram os braços pela aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) em 2011, mobilização organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Mas, a partir da próxima segunda-feira (16), as aulas serão efetivamente suspensas no município por tempo indeterminado.

A categoria estava em estado de greve desde o dia 25 de abril e aguardava uma contraproposta do Executivo Municipal para deliberar a greve. “Nem isso recebemos. O secretário de Educação (Isaac Nassarden) enviou apenas um ofício fazendo esclarecimentos que não contemplam o mínimo das reivindicações”, lamentou a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) em Várzea Grande, Maria Aparecida Cortez.

Com relação às perdas salariais, o secretário sinalizou apenas a composição de uma comissão para analisar a possibilidade da reposição. Segundo a sindicalista, é apenas uma manobra para ganhar tempo e tentar pôr um fim à greve. “Há mais de seis anos tentamos negociar com a prefeitura, formamos inúmeras comissões e diversos estudos já foram feitos, além de acordos que o Executivo Municipal insiste em descumprir”, acrescentou.

Contradições – Ainda no ofício, Isaac Nassarden afirmou que a primeira parcela referente ao enquadramento dos profissionais da educação no novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) do município será paga até o dia 20 de maio. A presidente da subsede do Sintep/MT em Várzea Grande, porém, lembra que a Lei do Plano, aprovada pela Câmara Municipal no ano passado, determina o pagamento em fevereiro de 2011. “O que, é claro, não ocorreu”, lamentou Cida Cortez. Até o momento, apenas alguns profissionais foram enquadrados e, mesmo assim, com total desorganização.

Além da implementação do piso salarial, os trabalhadores da educação cobram mais recursos para a Educação, ampliação de vagas, reforma das escolas e enquadramento dos funcionários no PCCS, dentre outros pontos. “Diante da realidade vivida tanto pela categoria quanto pela sociedade várzea-grandense, que sofrem com a falta de compromisso dos gestores, não há outro recurso a não ser a paralisação”, finalizou a sindicalista.

Com informações das agências

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