Cerca de 2 mil pessoas participaram do ato unificado das Centrais Sindicais CTB, Força, UGT, CGTB e NCST no Distrito Federal, inédito pelo número de entidades e por ter se realizado na cidade estrutural, uma das áreas mais carentes de políticas públicas, marcada pela luta pela moradia e pela falta de equipamentos públicos a serviço da população.
O evento também inovou por se realizar através de parceria da Secretaria do Trabalho do GDF com as Centrais Sindicais. Depois de longa hegemonia de governos conservadores e da crise sem precedentes sob o governo Arruda, as centrais sindicais têm uma rara situação de diálogo próximo, que só foi possível com o governo Agnelo.
O evento começou às 9h da manhã com a inauguração de uma Agência do Trabalhador, um importante equipamento público para a população da Vila Estrutural. Com uma população de 45 mil habitantes, a taxa de desemprego na cidade é de 17,02%, bem acima da média do DF, que é de 13,4%. A renda das famílias varia de um a três salários mínimos mensais e a maior parte dos moradores tem empregos informais ou são autônomos. Em duas horas de funcionamento, a agência atendeu 70 pessoas e assinou a carteira de 16 trabalhadores, além de colocar 23 pessoas em vagas de trabalho anunciadas.
As falas das cinco centrais sindicais e de representantes do governo e parlamentares ocorreram em meio a apresentações de artistas locais, e se pronunciaram na atividade o Deputado federal Policarpo, o Secretário do Trabalho Glauco Rojas, a administradora da Estrutural Socorro e do Administrador do Parque da Cidade, Paulo Dubois, entre outros.
Como bandeiras unificadas, chamaram atenção a luta pelo fim do Fator Previdenciário e a luta pela Redução da Jornada de Trabalho com 40 horas semanais, como ocorreu em boa parte do país. A perspectiva aberta é de estreitamento da relação entre as centrais sindicais na busca de consolidar o fórum das centrais também no Distrito Federal.