Os policiais civis de Alagoas estão em greve. Em todo o Estado, segundo a Confederação Brasileira de Policiais Civis, são 1,8 mil agentes, espalhados em 127 distritos e delegacias especializadas, que estão de braços cruzados. A categoria reivindica salário de R$ 7,2 mil, o equivale a 60% dos vencimentos de um delegado.
A decisão da paralisação aconteceu no último dia 18, depois que os policiais realizaram assembleia geral. Portanto, a partir de hoje, todas as investigações deverão estar comprometidas. “Na verdade, a Polícia Civil de Alagoas só investiga crimes de grande repercussão. Aqueles que envolvem pobres ficam sem a devida apuração, sem qualquer solução. Entretanto, os agentes querem trabalhar, mas nos faltam melhores condições e salários dignos. Queremos receber 60% dos subsídios dos delegados, ou seja, R$ 7,2 mil. Disso, não abrimos mão”, garantiu José Carlos da Silva, diretor da Confederação.
Segundo ele, os 14 distritos policiais da capital, as 13 delegacias especializadas de Maceió e de Arapiraca e as 100 delegacias do interior do Estado estão de portas fechadas para investigações. “Só estamos registrando crimes em flagrantes. Apenas isso”, assegurou, acrescentando ainda que, durante a paralisação, os sindicalistas estarão visitando delegacias em Maceió e no interior.
José Carlos da Silva voltou a criticar o reajuste ofertado pelo governo do Estado. “Foi um aumento vergonhoso. O que vamos fazer com o dinheiro equivalente a 5,9%? Não dá para nada”, condenou.
A categoria também reclama das condições de trabalho dos policiais. Eles pedem que suas funções sejam exercidas com armas e coletes à prova de balas.
Com informações das agências